SÃO LUÍS (MA): Combate ao Aedes passa por mais de 390 mil residências na capital

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REPÓRTER:  Mais de 390 mil domicílios de São Luís devem ser vistoriados por cerca de 400 agentes comunitários de endemias, com ajuda dos soldados das Forças Armadas e Bombeiros, com objetivo de acabar com criadouros do mosquito Aedes aegypti na capital. Cristiane Andrade é mãe de três de filhos, moradora do bairro Cidade Operária, localidade que está entre as mais afetadas pelo Aedes, em São Luís. A autônoma teve dengue no ano passado e, este ano já teve a visita dos agentes comunitários de endemias em casa. Ela conta que, com a visita dos agentes de saúde aprendeu de forma precisa e clara como se defender ainda mais do mosquito Aedes.
 
SONORA: autônoma – Cristiane Andrade
 
“Fui recebida por um grupo na minha casa, agentes de endemias e dois bombeiros. Minha casa tem caixa d’água, é coberta e fica em cima da lage, então não tem nada que acumule água no meu quintal. A visita foi eu digo mais breve, mas com bastante precisão”.
 
REPÓRTER: Além da Cidade Operária, os bairros Monte Castelo, Veneza, Areinha, Madre Deus, Goiabal, Vila Passos, Cidade Olímpica e o Centro de São Luís estão entre as localidades com grande infestação do Aedes aegypti. Os números são da secretaria municipal de Saúde, que já registrou 258 casos de dengue, 80 de chikungunya e 60 do vírus Zika, na capital. A autônoma, Eliane Ferreira, de 51 anos, que mora na Cidade Olímpica, teve Zika. Ela aprova as ações que estão sendo realizadas em São Luís para exterminar o Aedes.
 
SONORA: Autônoma, Eliane Ferreira
 
“Eu vejo com bons olhos a ação que a prefeitura de São Luis está fazendo. A mobilização, tentando combater, indo de casa em casa, fazendo a vistoria, colocando os agentes nas ruas, conversando com o morador, fazendo aquele serviço lindo e maravilhoso, entrando nas casas, tratando o que tem que tratar”.
 
REPÓRTER: São Luís conta com 10 carros fumacê para o combate ao Aedes e os agentes comunitários de endemias já visitaram quase 204 mil residências, na cidade. A superintendente de Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Luís, Terezinha Lobo, conta que a população da capital está dificultando a entrada dos agentes nas residências. Ela faz um apelo para que as famílias facilitem a entrada dos agentes e eliminem os focos do Aedes.
 
SONORA: Terezinha Lobo, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Luís
 
“De todo trabalho que nós temos realizado, nós temos nos esforçado, temos dado o nosso melhor para que o controle do mosquito seja feito, mas nós temos sido barrados pelo comportamento da população. É necessário que a população mude de comportamento”.
 
REPÓRTER: A recomendação do Ministério da Saúde é que, cada família reserve 15 minutos por semana para combater o mosquito Aedes. A dica é acabar com possíveis criadouros do mosquito com limpeza dentro de casa, nos quintais e varandas. A principal forma de se proteger do Zika e microcefalia, da dengue e chikungunya é impedir que o Aedes nasça, como ressalta o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.  
 
SONORA: Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde
 
“A principal forma de combater o mosquito Aedes aegypti, que transmite pelo menos três vírus, que são muito importantes no Brasil - vírus que causa a dengue, que causa a chikungunya e que causa zika - é evitando que o mosquito nasça, evitando a proliferação dos mosquitos. O mosquito precisa de água para colocar seus ovos e para que surjam novos mosquitos. Então é importante eliminar qualquer recipiente que contenha água parada.”
 
REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes Aegypti nasce dentro de casa. Por isso, a participação da população é fundamental. Saiba mais na internet, no endereço combateaedes.saude.gov.br
 

Com a colaboração de Ana Freire, reportagem, Cristiano Carlos

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