RJ: Capital e maiores cidades fluminenses ampliam mobilização contra vírus HPV

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TEC: Trilha (BG).
 
LOC: As equipes de saúde da capital e das três cidades fluminenses mais populosas ampliaram a mobilização para aplicar a segunda dose da vacina, em meninas com idades entre 9 e 11 anos, contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, um dos principais responsáveis pelo câncer do colo do útero, doença que mata mais de cinco mil mulheres por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca. Esses quatro municípios trabalham para superar as taxas de vacinação alcançadas na primeira fase da ação, iniciada em março deste ano. De acordo com dados do Ministério da Saúde, menos de 50 por cento das jovens da faixa etária da cidade do Rio de Janeiro tomaram a primeira dose da vacina, abaixo da meta de 80 por cento estabelecida pelo Ministério e Secretaria de Saúde do estado. Com objetivo de aumentar a proteção das meninas cariocas, a Secretaria de Saúde está divulgando os benefícios da vacina nas escolas, como conta a coordenadora do Programa de Imunizações da capital, Nadja Greffe.
 
TEC: Coordenadora do Programa de Imunizações do Rio de Janeiro, Nadja Greffe.
 
 “A gente ainda está com coberturas aquém da meta. A procura, no mês de setembro aumentou, muito em virtude da divulgação, do trabalho na escola com parceria com a secretaria municipal de educação, então isso garantiu pra gente um pouco mais de visibilidade, de divulgação, a informação chegou e conseguiu-se aumentar um pouco mais a adesão e a captação, mas a gente continua oferecendo a vacina nas unidades de atenção primária e divulgando fazendo ainda um trabalho de divulgação, para ver se a gente consegue ir até o final do ano melhorar esse resultado de cobertura vacinal.”     
 
 
LOC: A coordenadora de imunizações da capital, Nadja Greffe lembra que a prevenção é a melhor forma de evitar o câncer do colo do útero. A enfermeira reforça o convite para a vacinação e chama atenção para a responsabilidade dos pais neste momento da vida das adolescentes.
 
TEC: Nadja Greffe, coordenadora do programa de imunizações da secretaria municipal de Saúde da cidade o Rio de Janeiro.
 
“A campanha de vacinação contra o HPV é uma ação de prevenção extremamente importante, porque ela tem por objetivo a prevenção do câncer de colo uterino, então os pais, pai e mãe, os responsáveis, tios, avós, a família inteira que tem essa menina entre nove e 13 anos e que ainda não fez a sua vacinação, seja a primeira dose ou ainda não realizou a sua segunda dose, que procure as unidades de saúde participe conosco dessa campanha de vacinação, porque é uma ação preventiva que se protege hoje a menina pensando que ela no futuro será uma mulher livre do HPV e livre do risco do câncer de colo de útero.”      
 
TEC: Sobe e Desce (BG).
 
LOC: Além da capital, outros municípios fluminenses como Duque de Caxias, São Gonçalo e Nova Iguaçu também pretendem melhorar os índices de vacinação. As três cidades registraram cerca de 40 por cento de cobertura vacinal, na primeira dose, metade da meta fixada pelo Ministério. Como em todos os municípios do estado, em Duque de Caxias – terceiro município mais populoso do estado fluminense –, as duas doses da vacina contra o HPV estão disponíveis em todos os postos de saúde, como lembra a enfermeira da Central de Vacinas do município, Adriana de Alcântara Pinto.
 
TEC: Enfermeira da Central de Vacinas de Duque de Caxias, Adriana de Alcântara Pinto.
 
“Todos os dias, nós estamos oferecendo esta vacina e em qualquer posto, mesmo se ela tomou em um determinado posto e procurar um outro posto para tomar a segunda dose, ela vai ser atendida normalmente. A gente abre uma nova ficha, não tem problema nenhum, não tem nada que impeça essa adolescente a tomar a vacinação não. É interessante que as meninas entre nove a 13 anos procurem o posto de saúde, porque o objetivo do estado e do ministério é de evitar e diminuir o número de casos de câncer do colo do útero.”    
 
LOC: Quem explica a relação entre a infecção pelo Papiloma Vírus Humano, o HPV, e o surgimento do câncer do colo do útero é o cirurgião oncológico do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, Gustavo Iglesias.
 
 TEC: Gustavo Iglesias, oncologista do Inca.
 
 Se nós pudéssemos, teoricamente, extinguir de forma total e completa a infecção pelo HPV, nós provavelmente extinguiríamos também a incidência do câncer de colo do útero. Se tornaria uma doença raríssima absolutamente excepcional. A esmagadora maioria dos cânceres de colo uterino tem relação com a infecção pelo Papiloma Vírus Humano, pelo HPV.  A Organização Mundial de Saúde  considera o câncer de colo uterino uma doença sexualmente transmissível, porque a quase totalidade dos casos vem acompanhado da infecção pelo HPV e nós sabemos que a infecção pelo HPV, que leva ao desenvolvimento do câncer do colo do útero, que existe uma relação causal direta mais do que provada.”
 
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deve tomar três doses para completar a proteção. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

TEC: Encerra trilha (BG).
 
 
 

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