REPÓRTER: As ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika, vão ser mantidas e intensificadas durante os Jogos Olímpicos Rio2016. Além do Rio de Janeiro, o Distrito Federal e os estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Amazonas, que vão sediar partidas do futebol, já elaboram medidas para enfrentar o vetor das doenças. De acordo com o Governo Federal, as arenas, vilas Olímpicas e locais destinados aos profissionais de imprensa vão ser monitorados e vistoriados com antecedência ao longo das competições. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, garante que todas as medidas estão sendo tomadas.
SONORA : Ricardo Barros, ministro da Saúde
“Nós tomamos providências muito rígidas para garantir que a questão do Zika vírus não afete os atletas, a família olímpica e os visitantes. São 3.500 agentes externos que estão lá para eliminar focos do mosquito, 2.500 pessoas reforçando o sistema de saúde do Rio de Janeiro e 140 ambulâncias disponíveis para atendimento das pessoas”.
REPÓRTER: Na última semana, um grupo de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, e da Fundação Getúlio Vargas, a FGV, se reuniram para publicar um artigo de opinião na revista cientifica "Memórias do Instituto Oswaldo Cruz". No documento, os especialistas garantem que, durante o mês de agosto, o número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti tende a diminuir. E, por isso, não existem motivos para o adiamento ou o cancelamento dos Jogos Olímpicos no Brasil, como conta a cientista da Fiocruz, Claudia Codeço.
SONORA: Claudia Codeço, Cientista Fiocruz
“Esse período de agosto e setembro que é quando acontecerão os Jogos é um período em que as condições ambientais estão desfavoráveis para a transmissão de vírus por esse mosquito. Então, se nós olhamos historicamente esse é o período onde a transmissão de dengue está no seu mínimo. Isso faz com que a Zika nesse período esteja em baixa atividade, esteja com baixo risco de transmissão”.
REPÓRTER: A cientista também alerta que a epidemia do Vírus Zika não é problema apenas do Brasil e, afeta hoje, mais de 60 paises.
SONORA: Claudia Codeço, Cientista Fiocruz
“Já é um problema global, é uma epidemia que já se espalhou por mais de 60 países e ela não pode ser interrompida e não vai parar acontecendo, ou não, os Jogos no Rio de Janeiro”.
REPÓRTER: Mesmo com o risco menor de contaminação pelo Aedes, a pesquisadora da Fiocruz alerta que todas as medidas de combate ao mosquito devem continuar sendo tomadas pela população e pelo governo.
Reportagem, João Paulo Machado