RIO GRANDE DO SUL: Alto déficit no setor previdenciário exige aprovação da reforma, afirma deputado

O rombo chegou, de acordo com informações da secretaria de Estado da Fazenda, a cerca de R$ 9,5 bilhões no primeiro semestre.

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Alguns estados brasileiros apresentam um déficit no setor previdenciário. O Rio Grande do Sul, por exemplo, é um dos que registra um dos maiores prejuízos no sistema. O rombo chegou, de acordo com informações da secretaria de Estado da Fazenda, a cerca de R$ 9,5 bilhões no primeiro semestre.

De acordo com o secretário da Fazendo do estado, Giovani Feltes, o número de pessoas que estão na inatividade, recebendo dinheiro da aposentadoria, é maior do que o de pessoas que estão trabalhando atualmente. E, para ele, isso reflete em uma necessidade da aprovação da reforma da Previdência.

“A reforma previdenciária certamente vai trazer reflexos na nossa realidade aqui do Rio Grande do Sul. Especialmente porque de cada 100 contracheques que nós expedimos a cada final de mês já ultrapassa 55% daqueles que estão na inatividade e 45% ou menos de 45% daqueles que estão na atividade.”

Para o depurado Federal pelo PMDB gaúcho, Darcísio Perondi, outro defensor da reforma da Previdência, se não houver modificações nas regras atuais do setor, a economia do estado pode ficar comprometida.

“Não tem alternativa para o Rio Grande do Sul. Ou faz a reforma da Previdência...E o problema maior é a previdência pública. Os fiscais, os militares da Brigada etc, se aposentam muito cedo. O Brasileiro, hoje, vive muito mais e se aposenta cedo. Não tem conta que fecha.”

O texto da Reforma da Previdência prevê que os homens passem a se aposentar com 65 anos de idade e as mulheres com 62. Atualmente, a matéria aguarda para ser votada no Plenário da Câmara dos Deputados e precisa de, no mínimo, 308 votos favoráveis para seguir ao Senado Federal.

Reportagem, Marquezan Araújo
 

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