LOC.: Em meio ao cenário atual de incertezas na política brasileira, sugestões de mudanças no sistema eleitoral são apresentadas por parlamentares para serem inseridas na Reforma Política, que tramita na Câmara dos Deputados. Entre as principais mudanças propostas na matéria, está a regulamentação do financiamento público com a participação do eleitor. Ou seja, a maior parte dos recursos é da União e o restante é do cidadão que queira contribuir com o candidato ou com o partido.
O relator da Reforma Política, deputado Federal Vicente Cândido, do PT paulista, ressalta que o ideal é que as novas regras já sejam adotadas nas eleições do próximo ano. Para o parlamentar, o sistema vigente já não atende mais aos anseios da política do Brasil.
TEC./SONORA: Vicente Cândido, deputado Federal (PT-SP)
“Não dá para imaginar as eleições de 2018 com as regras atuais. Eu tenho certeza e confio que o Congresso Nacional saberá responder a essa questão. Precisamos mudar e mudar com ousadia. Não perca a oportunidade de uma mudança em um momento de crise. Estou trabalhando com essa premissa e com essa diretriz.”
LOC.: Atualmente, o modelo de eleição para deputados e vereadores é de voto proporcional. Mas, se a Reforma Política for aprovada, nas eleições de 2018 e 2022, o modelo passaria a ser de lista fechada, ou seja, os eleitores deixariam de escolher os candidatos nominalmente para votar em uma lista pré-ordenada pelos partidos políticos. Porém, a partir de 2026, o sistema adotado seria misto. Metade dos eleitos viria da lista fechada e a outra metade do sistema distrital, em que vence o mais votado.
O texto da reforma política está sendo analisado por uma Comissão Especial na Câmara dos Deputados. A expectativa dos parlamentares é que a matéria seja votada já nos próximos dias.
Reportagem, Marquezan Araújo
