Reforma da Previdência será votada na Câmara só após aprovação da política e tributária, prevê líder do PSDB

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

O governo Federal acredita que, se a reforma da Previdência for aprovada ainda neste semestre no Congresso Nacional, o país pode gerar economia aos cofres públicos de 600 bilhões de reais na próxima década.
 
Este ano, o prejuízo previsto pela equipe econômica do governo com a Previdência pode ultrapassar os 180 bilhões de reais, o que torna a aprovação da reforma no Congresso fundamental para sanar o rombo das contas públicas.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sabe que a aprovação do texto da reforma da Previdência não vai ser fácil porque o tema gera muitas discordâncias entre os parlamentares. No entanto, ele é otimista e espera a aprovação da reforma ainda este ano.   
 
“Eu acredito na aprovação da reforma. Evidentemente que vai haver um debate muito grande, é controverso, mas é importante para o país, é importante que de fato seja enfrentado logo esse problema.”
 
A reforma da Previdência foi aprovada em Comissão Especial na Câmara dos Deputados em maio. O texto está parado no Plenário da Casa aguardando para ser votado.
 
O deputado Federal e líder do PSDB, Ricardo Trípoli, de São Paulo, reconhece que a reforma da Previdência é importante para a economia do país. Mas ele ressalta que outras medidas econômicas em discussão na Câmara também precisam ser aprovadas, como as normas de privatizações, por exemplo.
 
“A reforma da Previdência é muito importante, mas ela sozinha não basta. Ela precisar estar acompanhada de outras questões, como por exemplo, o processo de concessões que é fundamental, de privatizações e de outras medidas.”
 
A expectativa do governo Federal era de aprovar a reforma da Previdência antes do mês de julho e, até o momento, não há previsão para que isso ocorra.
 
O deputado Ricardo Trípoli revela que a reforma da Previdência deve voltar para a pauta do Plenário só após os parlamentares terminarem com as discussões sobre as reformas política e tributária.   
 
“O temos agora é a reforma política, temos depois a reforma tributária e a previdenciária. São três itens importantíssimos hoje para o país que estão na pauta dos deputados e das lideranças. Nós temos feito conversas quase que diuturnamente a respeito destas questões e onde houver convergência nós vamos avançando.”
 
Para passar a valer, a reforma da Previdência precisa ser aprovada no Plenário da Câmara dos Deputados e do Senado. O texto prevê novos limites de idade e de contribuição previdenciária para o trabalhador se aposentar.
 

 

De Brasília, Cristiano Carlos

Receba nossos conteúdos em primeira mão.