Reforma da Previdência deveria ficar para próximo mandato, acredita membro do Centrão

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O Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, responsável pelos pagamentos do Seguro Desemprego e o abono salArial, o PIS, vai precisar de 18 bilhões de reais a mais para fechar as contas de 2017, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
 
A Previdência Social também deve fechar o ano com prejuízos superiores a 180 bilhões de reais.A proposta de reforma, que poderia ajudar a fechar o rombo nas contas públicas, está parada na Câmara dos Deputados.Para o deputado Federal, e vice-líder do PR na Câmara, RemídioMonai, de Roraima, o governo agiu mal na condução da elaboração e divulgação da reforma da Previdência.Para ele, o momento político atual e a resistência da população diante do tema impossibilitam a votação do texto no Plenário da Câmara.
    
“Eu acho a reforma da Previdência necessária, mas eu acho que não é o momento.  Eu acho que a reforma da Previdência precisa ser feita, mas ela não pode ser do jeito que está sendo feito e, como o governo se comunicou muito mal, desde o começo, tudo que se fizer agora a maioria da população não vai aceitar.”
 
O deputado, Remidio Monai, que faz parte do bloco chamado de “Centrão”, na Câmara dos Deputados, acredita que a reforma da Previdência não deveria ser aprovada durante o mandato atual dos deputados e do presidente Michel Temer.
Ele ressalta que o tema deveria ser discutido apenas a partir de 2019, por um novo presidente da República e com o Congresso Nacional renovado.
 
“Eu acho que, nós temos que adiar essa reforma da Previdência, provavelmente, para o próximo mandato. O desgaste da classe política que está passando agora nesse momento fica difícil mexer em pontos fundamentais, direitos adquiridos, em alguns casos principalmente na questão do funcionalismo público. Eu acho que tinha que esperar para o próximo mandato para ser renovada talvez parte da classe política para poder votar com mais segurança.”
 
O déficit fiscal do governo Federal foi revisto de 129 para 159 bilhões de reais, em 2018, e as contas do setor público, ou seja, dos governos federal, estaduais e municipais, além das empresas estatais, registraram rombo de mais de 16 bilhões de reais, em julho, de acordo com o Banco Central.
 

 

De Brasília, Cristiano Carlos    

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