QUEIMADOS (RJ): Conscientização da importância da vacina é principal foco para aumentar procura pela vacina contra HPV

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: O vírus HPV é o principal causador do câncer do colo do útero no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer são estimados em 2015 cerca de 1340 novos casos do câncer uterino, no Rio de janeiro.  A forma mais eficaz e segura de combater o papiloma vírus é por meio da vacinação. A imunização da segunda dose da campanha contra o HPV é feita em postos de todo o País.  Na cidade de Queimados não é diferente, mas mesmo com as vantagens da imunização das jovens entre 11 e 13 anos, a procura é baixa. Apenas 15 por cento das meninas desta faixa etária foram vacinadas, número bem inferior a meta de 75 por cento. A secretaria municipal de saúde informou que os boatos de problemas causados pela vacina fizeram com que muitos pais proibissem as meninas de se vacinarem. De acordo com o ministério a vacina pode causar pequenos efeitos adversos, como dor no local da aplicação e em casos raros febre e dor de cabeça.  O secretário de vigilância em Saúde do ministério da saúde, Jarbas Barbosa, destaca que a vacina é segura.
 
SONORA: Secretário de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
 
“Vamos lembrar que essa vacina já é usada em mais de cem países do mundo, essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada essa vacina porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer de colo de útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor do que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
 
REPÓRTER: Para a coordenadora de imunização, Andrea Cristina da Silva, é preciso que os boatos sejam deixados de lado e que as pessoas busquem se informar sobre a vacina. Segundo ela essa atitude pode salvar a vida dessas jovens no futuro.
 
SONORA: Coordenadora de imunização, Andrea Cristina da Silva
 
“A gente precisa desmistificar o medo, a dúvida das adolescentes e voltar com a importância dessa vacina. O número de mulheres que possuem a doença do câncer de colo uterino a cada ano aumenta, até ser detectado muitas vezes existe a demora. Então, na verdade o ministério se preocupa em proteger essas meninas o mais cedo possível para que elas sejam protegidas contra o câncer de colo uterino”.
 
REPÓRTER: Queimados disponibiliza 14 unidades básicas de saúde para as jovens que quiserem tomar a segunda dose da vacina contra o HPV. Os locais funcionam de segunda a sexta das oito da manhã às cinco da tarde. A cidade de Itaboraí, próximo a Queimados, também não atingiu a meta. Apenas 35 por cento do público alvo compareceu aos postos de saúde para tomar a vacina. A jovem que não tomar a segunda dose não vai estar imune ao vírus.
 
Reportagem, Rodrigo Nunes

Receba nossos conteúdos em primeira mão.