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Programa Criança Feliz se adapta para continuar atendendo famílias vulneráveis durante a pandemia

Equipes de agentes que visitam as famílias usam a tecnologia para assistir pais e responsáveis no desenvolvimento dos pequenos

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O programa Criança Feliz, o maior do mundo em visitação familiar para a primeira infância, teve que se adaptar a uma nova realidade desde o início da pandemia do novo coronavírus. Como forma de manter o distanciamento social recomendado pelas autoridades em saúde, os visitadores tem na tecnologia uma aliada para continuar a atender as famílias. 

Nos últimos meses, os profissionais desenvolvem as atividades e as enviam por celular para os pais ou responsáveis aplicarem no dia-a-dia com os pequenos. As ferramentas digitais também são usadas para orientar e tirar dúvidas das famílias. 

Segundo Polyanna Loch, secretária de Assistência Social de Pacajá (PA), há uma orientação nacional para que o acompanhamento às famílias continue, mesmo que à distância, nos municípios onde a circulação é mais restrita. "A ideia é que a gente possa criar outras formas – e nisso a tecnologia tem sido essencial – que permita que essas famílias não deixem de ser assistidas, acolhidas, mesmo que remotamente."

Atendimento presencial

Há famílias que não têm celular ou acesso à internet. Nesses casos, os agentes continuam indo à casa dos assistidos, mas com todos os cuidados para evitar a transmissão da Covid-19. Eles usam máscara, luva, touca e capa. Além disso, não usam o transporte público para evitar o contato com outras pessoas no trajeto até a casa das famílias.

Polyanna explica que o acompanhamento se faz ainda mais importante em meio à crise causada pelo novo coronavírus. "Nessa situação onde o estresse é muito maior e as preocupações com relação à renda, ao convívio muito intenso devido ao isolamento social, este atendimento mais do que nunca se torna essencial e prioritário", acredita.

Números do programa

Dados do Ministério da Cidadania, responsável pelo programa, apontam que cerca de 800 mil crianças e gestantes já foram acompanhadas pela iniciativa desde o seu surgimento. De acordo com o órgão, dos 4.146 municípios aptos a participarem do programa, 2.933 já aderiram. Isso representa uma cobertura de 70% dos municípios possíveis no Brasil. 

Arte: Brasil 61

Alvo

O programa Criança Feliz atende a gestantes, crianças de até três anos inscritas no Cadastro Único do Governo Federal e de até seis anos que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada). 

O projeto visa promover o desenvolvimento das crianças, levando em conta a família e o contexto de vida, de acordo com o governo. As ações da iniciativa integram as áreas da saúde, assistência social, educação, justiça, cultura e direitos humanos. 
 
Para aderir ao programa, o município deve ter, pelo menos, um Centro de Referência de Assistência Social (Cras.) e, no mínimo, 140 pessoas que façam parte do público alvo descrito acima. 

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