Data de publicação: 11 de Maio de 2017, 02:52h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: As discussões sobre a reforma da previdência voltaram a avançar na Câmara dos Deputados. Depois da votação dos destaques da matéria nesta terça-feira (9), o texto segue agora para a votação no Plenário da Casa. Para o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), a aprovação da matéria pelos parlamentares é essencial para garantir a aposentadoria de todos os brasileiros no futuro. O parlamentar explica que, atualmente, deixa-se de investir em outras áreas importantes para a sociedade, por causa dos gastos com a previdência.
TEC/SONORA: Lelo Coimbra, Deputado Federal (PMDB-ES)
“Se nós não mexermos na forma como está estruturada a Previdência hoje, nós não seremos capazes de pagar a aposentadoria de ninguém. Nós estaremos diminuindo cada vez mais o volume de recursos que empregamos para o interesse coletivo da sociedade como, obras e serviços de investimentos. Todo esse recurso estará, a partir de 2026, totalmente vinculado ao pagamento de aposentadorias, a pagamento da folha de salários.”
LOC.: Um exemplo são os gastos com a Educação no Brasil, que equivalem a menos da metade do que é gasto com Previdência. De acordo com o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, a Reforma da Previdência é necessária para que orçamento público não seja gasto apenas com aposentadoria.
TEC./SONORA: Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.
“Todos os municípios, estados e governo federal no Brasil gastam com a educação pública 6% do PIB. É menos da metade do que o país gasta com Previdência, que no ano passado foi 13% do PIB. Então a Reforma da Previdência é essencial, porque se não, todo orçamento público vai ser absolvido pela Previdência.”
LOC.: Segundo o economista e diretor do FGV Social, Marcelo Neri, se o Brasil não conseguir equacionar a questão previdenciária, os recursos para investir em escolas, creches e outros setores não serão suficientes.
TEC./SONORA: Marcelo Neri, diretor do FGV Social.
“Se você não racionalizar as despesas do setor público vai faltar dinheiro para coisas básicas, como creches, escolas, vacinação infantil, o próprio programa de combate à pobreza, como o bolsa família, e para não dizer investimentos públicos também, que beneficiam os mais pobres. Quer dizer, o estado brasileiro, a sua capacidade de operar vai estar em xeque se a gente não conseguir equacionar esta questão previdenciária.”
LOC.: Por se tratar de uma proposta que altera a Constituição, a reforma da previdência precisa ser votada em dois turnos no plenário da Câmara, com pelo menos 308 favoráveis. Depois disso, segue para análise no Senado.
Reportagem, Cintia Moreira
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