Data de publicação: 29 de Maio de 2017, 23:46h, atualizado em 29 de Maio de 2017, 16:46h
O relatório apresentado pelo Senador Ricardo Ferraço tem 74 páginas é favorável ao texto aprovado na Câmara dos Deputados.
LOC.: A reforma Trabalhista vai voltar a ser discutida no Senado Federal nesta terça-feira (30) e será o primeiro item na pauta de votações da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Na semana passada, a reunião da Comissão foi marcada por tumulto e agressões verbais entre os senadores. Depois da confusão entre os parlamentares, o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi considerado lido e o presidente do colegiado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), concedeu vista coletiva do projeto.
O deputado Federal Daniel Vilela (PMBD-GO), que foi presidente da comissão especial que debateu a proposta, acredita que a reforma deve tramitar normalmente no Senado, mesmo com os ânimos exaltados entre os parlamentares.
TEC./SONORA: Daniel Vilela, deputado Federal (PMDB-GO)
“Por ser, também, uma matéria que exige apenas a maioria simples e pelo perfil do Senado, hoje, eu acho que ela tem todas as condições de seguir normalmente. É lógico que o ambiente político tem um pouco mais de conturbação nesse momento, mas eu penso que ela deve caminhar.”
LOC.: Na avaliação do deputado Daniel Vilela, a atualização das relações trabalhistas é imprescindível para a reversão do quadro de desemprego no país. Isso porque, com a reforma, temas que não estão bem definidos na atual legislação vão ser regulamentados, como o trabalho em casa, o home office, por exemplo. Para o parlamentar, as novas regras vão facilitar a geração de empregos no Brasil.
TEC./SONORA: Daniel Vilela, deputado Federal (PMDB-GO)
“O Brasil vive a pior crise de desemprego de toda a história. Nós temos mais de 14 milhões de desempregados. E o que acontece? Os empresários, hoje, têm receio de contratar porque existe um alto número de demandas judiciais, de processos judiciais trabalhistas. Mas a gente entende que muitas dessas situações podem ser resolvidas de forma conciliada entre patrão e empregado. E é isso que é proposto nesse texto”.
LOC: Para o especialista em Economia da PUC do Rio de Janeiro, professor José Márcio Camargo, a reforma Trabalhista vai fazer com que o empresário tenha mais segurança para contratar.
TEC/SONORA: José Márcio Camargo, Especialista em Economia da PUC-RJ
“Na prática o que vai mudar é que os empresários vão ter uma capacidade maior de definir quanto custa um trabalhador e, por outro lado, isto significa que ele vai ter uma maior disponibilidade para empregar mais trabalhadores, o que vai gerar uma redução na taxa de desemprego no longo prazo.”
LOC.:O relatório apresentado pelo Senador Ricardo Ferraço tem 74 páginas é favorável ao texto aprovado na Câmara dos Deputados. O parlamentar rejeitou as 193 emendas que foram apresentadas no Senado, mas sugeriu que alguns pontos sejam vetados pela Presidência ou reformulados por meio de Medidas Provisórias. O próprio Ferraço poderia ter retirado essas partes do texto, mas isso faria com que o projeto tivesse que retornar para nova análise na Câmara.
Reportagem, Bruna Goularte
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