POLÍTICA: Governo e oposição adotam estratégias para conseguir quórum para votação contra Temer

A votação somente poderá ser iniciada com o registro de presença no painel de 342 deputados, que é o número mínimo necessário para que a Câmara aceite a denúncia

 

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LOC.: A votação da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva está se aproximando e o governo e a oposição têm adotado estratégias diferentes para conseguir o quórum necessário para que ela ocorra. O deputado Carlos Marun, vice-líder do PMDB, disse que a preocupação de conseguir o quórum exigido de 342 deputados é da oposição.

TEC./SONORA: Carlos Marun, deputado (PMDB-MS).

"A oposição, somada aos dissidentes, não tem 200 votos. Uma ausência da oposição vai trazer desgaste para essa oposição. Então, nós entendemos que somados os votos dos parlamentares da base, com os votos de alguns responsáveis do lado de lá, nós conseguiremos ter o quórum. Mas sempre deixando claro que a responsabilidade pelo quórum é da oposição, que quer o resultado. Eles não comparecem, nós continuamos governando."

LOC.: Já o deputado José Guimarães, do PT do Ceará, afirma que a oposição não vai facilitar a vida do governo.

TEC./SONORA: José Guimarães, deputado (PT-CE).

"Quem tem obrigação de dar quórum dia 2 é o governo. Eu quero ver o governo colocar 342. Porque ele agiu tanto e não tem os 342? Cobrar de nós? Nós já temos uma posição muito clara. Mas no dia 2 vamos saber. Todo mundo está jogando. O xadrez se resolve às 9 horas da manhã no dia 2."

LOC.: De acordo com a Constituição, quando um presidente da República é acusado por um crime como corrupção passiva, o julgamento cabe ao Supremo, mas o processo só pode ser aberto após autorização do Plenário da Câmara. Se o Supremo aceitar a denúncia, Temer será afastado por 180 dias até o julgamento.

Com colaboração da Rádio Câmara. Reportagem, Cintia Moreira.
 

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