POLÍTICA: Escândalo da Petrobras e rumos da economia influenciaram baixa popularidade do governo, diz especialista

A presidente está sem credibilidade com a população devido ao rombo na Petrobras, segundo cientista político

 

 

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REPÓRTER: Mesmo com o esforço de aumentar a popularidade da presidente Dilma Rousseff, o governo não atingiu as expectativas, é o que indica a pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta semana. Segundo o levantamento realizado com duas mil pessoas, o atual governo alcançou nove por cento de avaliação positiva em junho. Essa porcentagem é de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom. O número é bem menor do que o mesmo período em 2014, onde a presidente tinha 53 por cento de aprovação da população. A pesquisa também avaliou que quase 70 por cento da população avalia o governo como ruim ou péssimo. O escândalo da Petrobras, que revelou desvio de verba na empresa, que, para o cientista político Flávio Brito, manchou a imagem da presidente da República. Uma vez que, segundo ele, o rombo de quase 200 milhões na empresa, pode ter beneficiado a presidente durante a campanha eleitoral do ano passado.
 
SONORA: Flávio Brito, cientista político
 
“Os rombos nas contas públicas ultrapassaram qualquer limite de razoabilidade. Ou seja, o país está praticamente quebrado por uma irresponsabilidade do atual governo. E parte desse rombo irrigou a campanha presidencial da candidata. A própria imprensa tem repercutido que ela está cada vez mais com dificuldade em governar o país e não está com credibilidade política.”
 
REPÓRTER: Segundo a análise do cientista político Flávio Brito, o número de pessoas que não aprovam o governo é alto, porque segundo ele, a presidente mentiu durante o período de eleições.
 
SONORA: Flávio Brito, cientista político
 
“A população está muito revoltada com o atual governo. A presidente da República, durante a campanha, faltou deliberadamente com a verdade. Ou seja, mentiu, ludibriou o eleitorado, enganou sobre as contas, sobre a questão das tarifas de energia elétrica e sobre os programas sociais. E evidentemente que um governante não pode mentir para o seu povo, então a postura da então candidata Dilma Rousseff, foi uma postura de enganar deliberadamente a população. E isso sem sombra de dúvidas cria revolta.”
 
REPÓRTER: Já o economista da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli acredita que a baixa popularidade da presidente apresentada na Pesquisa Ibope foi fruto de um bombardeio de informações negativas, que segundo ele, são apresentadas na imprensa.
 
SONORA: Roberto Piscitelli, economista
 
“Eu acho que não se tem valorizado alguns aspectos que são positivos. Porque existe também, um bombardeio da imprensa que dá muita ênfase àquelas notícias menos favoráveis ou então divulga todas as notícias com um viés desfavorável. Por exemplo, as contas externas, o saldo comercial do Brasil melhorou muito, vai muito bem. E as perspectivas são altamente favoráveis neste ano.”
 
REPÓRTER: A queda da popularidade do governo da presidente Dilma Rousseff foi maior na região Nordeste, onde apenas 13 por cento consideram o governo como ótimo ou bom. E o número de pessoas que aprovam subiu entre pessoas acima de 55 anos, com 14 por cento de crescimento.
 

 

Reportagem, Sara Rodrigues

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