POLÍTICA: Discussão da PEC das Diretas na CCJ é adiada

Segundo o texto, seriam feitas eleições diretas para presidente e vice-presidente da República caso os cargos ficassem vagos até seis meses antes das próximas eleições

 

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LOC.:  O debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição das Eleições Diretas foi adiado após obstrução de deputados aliados ao governo e, agora, uma nova tentativa deverá ser feita na próxima semana. A PEC prevê eleições diretas para presidente e para vice-presidente da República em caso de vacância desses cargos a qualquer tempo, exceto nos seis últimos meses do mandato. Hoje em dia, de acordo com a Constituição, em caso de vacância nos dois últimos anos do mandato a eleição é indireta e os nomes são escolhidos em sessão conjunta do Congresso Nacional, com 513 deputados e 81 senadores. Para o deputado Maia Filho, do PP do Piauí, a oposição e os defensores da PEC querem apenas desestabilizar o governo.

TEC./SONORA: Maia Filho, deputado (PP-PI).

"Houve um evento, com alguns artistas, que deu pouco público. E a sociedade sabe que nosso regime já é de eleições diretas, de quatro em quatro anos. Essa ação urgente nada mais é do que uma tentativa de desestabilizar o governo. Mas quando se desestabiliza o governo, se desestabiliza também o Brasil."

LOC.: Já a oposição acredita que a solução para esta crise política está no encerramento do governo Temer e na convocação de eleições diretas. O deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, reclama da demora para a tramitação desta PEC.

TEC./SONORA: Luiz Couto, deputado (PT-PR).

"Colocar que eleição direta, votar uma proposta está acabando com o governo, desestabilizando a democracia? Não. Tem mais de um ano que essa proposta está aí rodando."

LOC.: O relator da PEC das Diretas, deputado Espiridião Amin, do PP de Santa Catarina, disse que aqueles que não estão deixando este projeto tramitar estão fragilizando, cada vez mais, o atual governo.

TEC./SONORA: Espiridião Amin, deputado (PP-SC).

"Por que, no Senado, aprova-se um projeto de emenda à Constituição de eleição direta e, na Câmara, onde se comenta que o deputado Rodrigo Maia seria um forte candidato numa eleição indireta, (não)? Então, quem não deixa tramitar esse projeto está fragilizando politicamente o poder de sobrevivência do atual governo."

LOC.: Se a proposta for aprovada, serão realizadas novas eleições diretas para presidente e vice-presidente da República, caso esses cargos fiquem vagos até seis meses antes das próximas eleições agendadas. Atualmente esse prazo seria de dois anos.

Reportagem, Cintia Moreira
 

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