REPÓRTER: A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, o aumento da duração dos mandatos políticos dos atuais quatro para cinco anos. Vale lembrar que, no final de maio, os deputados federais já haviam votado o fim da reeleição para cargos dos poderes Executivo e Legislativo como os de presidente da República, governadores e prefeitos. Com a nova medida, que faz parte do pacote da reforma política, em discussão no Congresso Nacional, nas eleições de 2018, os mandatos dos deputados federais, distritais e estaduais; do presidente da República e governadores vão ser de quatro anos. Em 2022, passa a valer o mandato de cinco anos. Já os senadores eleitos nas próximas eleições, vão ter nove anos de mandato para que, em 2027, as eleições possam ser realizadas para todos, em um único ano. Além disso, os prefeitos e vereadores eleitos em 2016 vão ter mandato de quatro e, a partir de 2020, de cinco anos. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB, do Rio de Janeiro, explica que as alterações nos mandatos dos parlamentares, como o aumento para nove anos para senadores são para ajustar o calendário eleitoral e, que a mudança não deve causar problemas para a Democracia brasileira.
SONORA: deputado Federal, Eduardo Cunha, PMDB - RJ
"Seria oito, passar para nove para ter a transição, eu acho que é possível. Não é uma regra permanente, é uma regra provisória. Alguma transição teria de ter de qualquer maneira. Sem transição você jamais muda de quatro para cinco anos. Se é ou não é o ideal, mas alguma forma teria que ter de transição."
REPÓRTER: Já o líder do PPS, deputado Federal, Rubens Bueno, do Paraná, criticou a aprovação do projeto. Para ele, a sociedade vai desaprovar o aumento do mandato dos senadores, mesmo se for por apenas um ciclo eleitoral.
SONORA: deputado Federal, Rubens Bueno, PPS - PR
"Quando o Parlamento faz uma lei que beneficia os próprios parlamentares, o resultado na sociedade é o pior possível. E com razão. A bancada do PPS reafirmou, mais uma vez a sua posição, a favor do mandato de quatro anos, e para o Executivo, sem o direito à reeleição."
REPÓRTER: Além do aumento do tempo dos mandatos políticos de quatro para cinco anos, os deputados Federais rejeitaram a coincidência entre as eleições gerais e municipais, e mantiveram o voto obrigatório.
Com informações da Rádio Câmara, reportagem, Cristiano Carlos