POLÍTICA: Denúncia de Janot contra Temer repercute entre parlamentares

Para a oposição, a situação é grave e existem provas de corrupção. Já os aliados afirmam que não há fatos comprometedores contra o presidente

 

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LOC.: Após a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, deputados aliados e da oposição divergiram opiniões. Para o deputado Mauro Pereira, do PMDB do Rio Grande do Sul, é preciso ter cautela para analisar a denúncia.

TEC./SONORA: Mauro Pereira, deputado (PMDB-RS).

"Nós temos que analisar com muita cautela e sempre lembrar que quem está fazendo estas denúncias são dois irmãos marginais, bandidos."

LOC.: Já o deputado Henrique Fontana, do PT do Rio Grande do Sul, afirma que as denúncias são graves e que é preciso que aqueles que querem engavetar o processo contra o presidente, se exponham.

TEC./SONORA: Henrique Fontana, deputado (PT-RS).

"Temer ainda tem uma maioria que diminui a cada dia aqui na Câmara. Eu lembro que é a primeira vez na história do Brasil que um presidente é denunciado pelo Ministério Público por corrupção passiva. Então, aqueles deputados que querem engavetar os processos contra Temer têm que se expor perante a opinião pública."

LOC.: O deputado Alessandro Molon, da Rede Sustentabilidade do Rio de Janeiro, disse que vai exigir que todos os prazos sejam cumpridos e respeitados.

TEC./SONORA: Alessandro Molon, deputado (Rede-RJ).

"O governo tem pressa de votar a denúncia para enterrá-la rapidamente. Nós, da oposição, vamos exigir que todos os prazos sejam cumpridos e respeitados, porque nós consideramos que é importante que o Brasil entenda o que está se passando na Câmara, em vez de permitir uma via expressa rumo ao arquivo. Nós não vamos aceitar este tipo de comportamento por parte do governo."

LOC.: O deputado Beto Mansur, do PRB de São Paulo, acredita que o presidente tem todo o direito de se defender.

TEC./SONORA: Beto Mansur, deputado (PRB-SP).

"O presidente Michel Temer, ele não foi condenado. Ele está sendo acusado e ele tem o direito de se defender... porque o Brasil não vive de denúncias, vive de geração de empregos e formação de riqueza."

LOC.: Para o deputado Vicente Cândido, do PT de São Paulo, Temer não tem mais condições de governar o país.

TEC./SONORA: Vicente Cândido, deputado (PT-SP).

"É um presidente que recebe um empresário altas horas da noite sem nenhuma justificativa e confessa crime. Não pode continuar governando o Brasil."

LOC.: A Comissão de Constituição e Justiça será a primeira a analisar o caso. Temer terá um prazo equivalente a 10 sessões do Plenário para se defender e depois desse prazo, a comissão vota o relatório em até 5 sessões. No Plenário, a votação será feita por chamada nominal e serão necessários 342 votos para que haja a autorização de abertura de processo criminal contra o presidente.

Com colaboração da Rádio Câmara. Reportagem, Cintia Moreira.
 

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