LOC: Imagina só uma pessoa que você não conhece ficar doente por sua culpa, mesmo que, é claro, você não tenha tido a intenção de prejudicar ninguém. Assustador não é mesmo? Pois é, é o que pode acontecer se você não tomar cuidado com lugares e objetos que podem acumular água parada e virarem criadouros do mosquito transmissor da Dengue, vírus Zika e Chikungunya. E aí, sua família e você também correm risco. Escuta só o que aconteceu com a auxiliar de serviços gerais, Edileuza Tavares. Na época, ela trabalhava como agente de saúde no Paraná, justamente procurando focos do mosquito, e em uma das visitas às residências, ela pegou Dengue. Edileuza sentiu dores durante todo o dia por quase um mês. Foi uma recuperação difícil e dolorosa. E desde então, se tem uma coisa que ela toma cuidado na própria casa é com os prováveis focos de Dengue.
TEC/SONORA: Edileuza Tavares, auxiliar de serviços gerais.
“Na minha casa eu tenho o maior cuidado, sabe. Eu tenho umas plantinhas, acho que uns dois vasinhos, mas é com areia e tudo. Aqui em casa não tem uma latinha, não tem nada. Eu não deixo, sabe. Eu morro de medo de voltar a ser picada de novo. Porque, nossa é muito ruim. É bem doloroso, só quem passa sabe como é duro.”
LOC: Pois é minha gente, a Edileuza pegou Dengue prestando um serviço para a comunidade que era justamente combater o mosquito que transmite a doença. Hoje, o Paraná possui três mil seiscentos e noventa três agentes de combate a endemias. Eles desempenham um trabalho fundamental nessa luta contra o mosquito. Sempre que eles baterem à sua porta, receba ele bem e o ajude a vistoriar a casa toda para que nada passe despercebido. E também acompanhe a visita para conhecer técnicas e informações novas. A coordenadora do Programa Municipal de Controle do mosquito, Simone Gusi ressalta a importância dos agentes e da visita deles às nossas casas.
SONORA: Simone Gusi, coordenadora do Programa Municipal de Controle do mosquito
“O trabalho deles é de extrema importância para apontar principalmente aqueles locais que o cidadão muitas vezes desconhece que pode ser um criadouro. Como ele é capacitado e tem um olhar diferenciado, ele auxilia. Ele auxilia também na orientação referente aos hábitos do mosquito, a morfologia e questão mesmo dos sintomas da doença. Então, é um agente na verdade transformador na comunidade. Além dele apontar, com a comunidade ele vai poder estudar a melhor forma de resolver algumas situações.”
LOC: Então, vamos entrar nesse time do combate junto com os agentes de saúde. Até porque dos 399 municípios do Paraná, o mosquito transmissor da Dengue, vírus Zika e Chikungunya. está em 315. Apesar de não haver epidemias, ele fica ali só esperando a melhor oportunidade para se proliferar. E sabemos que não precisa de muita água para isso acontecer, uma tampinha de refrigerante com água parada é o suficiente para a larva nascer. O coordenador da Sala de Situação de Dengue, Raul Belly, diz qual é a principal dificuldade na luta contra o mosquito.
SONORA: Raul Belly, coordenador da Sala de Situação de Dengue
“É a sensibilização popular. Quando eu tenho uma informação que setenta por cento dos depósitos predominantes que se encontram o mosquito, eles estão classificados como lixo doméstico, então a parceria do poder público com a população é fundamental. Nós precisamos trabalhar em conjunto com a nossa população de todos os municípios do estado do Paraná, independente de ter condição de infestação, independente do histórico que o município tem”.
LOC: Podemos observar o quanto é importante essa mobilização conjunta. Até porque sabemos que o mosquito não transmite apenas a Dengue. Temos que ficar de olho também no vírus Zika e na Chikungunya. Não deixe para vistoriar sua casa apenas quando o agente solicitar. Separe dez minutos ou quinze minutos por semana para eliminar todos os focos que possam existir. Saiba mais sobre como combater o transmissor, na internet, no endereço saude.gov.br/combateaedes.