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REPÓRTER: O Ministério da Saúde vai financiar pesquisas na área do desenvolvimento infantil. O edital que prevê 10 milhões de reais para custear os trabalhos foi lançado nesta semana. O objetivo do ministério é conhecer as principais razões que levam ao déficit no desenvolvimento das crianças e propor soluções para enfrentar os problemas causados por essa deficiência. Universidades e institutos de pesquisa têm até o dia 13 de janeiro do ano que vem para fazer as inscrições. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, explica que as pesquisas devem focar ações para os primeiros mil dias de vida da criança.
SONORA: secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde Carlos Gadelha
"A gente já tinha lançado há cerca de um ano um edital para a questão da prematuridade, dos partos prematuros. Agora a gente está avançando para além da prematuridade, que é um problema grave de saúde, um esforço de pesquisa e de inovação para os primeiros mil dias de vida das crianças. Ou seja, essa fase, os primeiros mil dias, é a fase decisiva para que a criança tenha um desenvolvimento saudável. Além de tratar a criança, fazer com que ela viva, a gente quer que ela tenha plena capacidade cognitiva, que ela esteja com alimentação adequada. A gente está chamando a comunidade científica para colaborar, e a resposta tem sido ótima, com problemas de saúde que afetam a nossa população".
REPÓRTER: O secretário Carlos Gadelha ressalta, ainda, que as inovações apresentadas pelos pesquisadores vão ser utilizadas no atendimento gratuito à população usuária do SUS.
SONORA: secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde Carlos Gadelha
"Não é a pesquisa pela pesquisa. É a pesquisa comprometida com o cidadão e com a sua utilização pelo sistema de saúde. O Ministério da Saúde se obriga e se compromete que os resultados que vão advir dessa pesquisa, assim como aqueles que vêm da prematuridade, toda ação que a gente tem feito no aleitamento materno, nos bancos de leite, ou seja, vão ser utilizados na política pública para talvez pegar a fase mais frágil da vida de uma pessoa para poder dar as condições para que ela possa se desenvolver com saúde e com felicidade".
REPÓRTER: A primeira infância vai até os seis anos de vida. Ela é decisiva para o desenvolvimento saudável do ser humano. Estudos científicos demostram que as experiências familiares e sociais nessa faixa etária afetam as bases da aprendizagem, do comportamento e da saúde. Segundo o Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, pelo menos 10% das crianças nascem ou adquirem algum tipo de alteração física, mental ou sensorial. A desnutrição é um dos principais fatores que influenciam no déficit do desenvolvimento infantil. E os programas do Governo Federal Bolsa Família e Rede Cegonha já apresentam resultados positivos no combate à desnutrição infantil. Para saber mais acesse www.saude.gov.br.
Reportagem, Fábio Ruas
