Data de publicação: 13 de Julho de 2016, 15:05h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: Professores e profissionais da área de educação do Rio Grande do Norte discutem nesta semana o conteúdo da segunda versão Base Nacional Comum Curricular, a BNCC. O encontro acontece nesta quinta (14) e sexta-feira (15) e reunirá 296 participantes que vão debater pontos que devem ser melhorados para a construção da terceira e última versão da BNCC.
Os especialistas podem propor mudanças, cortes ou acréscimo ao texto, que vai determinar qual é o conteúdo mínimo que deve ser estudado por todos os alunos da educação básica no Brasil. Depois, o Rio Grande do Norte vai sistematizar as contribuições e enviar um relatório final ao Conselho Nacional de Secretários de Educação, Consed, e à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime. O prazo termina em 5 de agosto. Andreia Pereira, que é a representante da Undime no estado, explica que os seminários estaduais são fundamentais para que os professores contribuam diretamente com a construção da base curricular.
SONORA: Andreia Pereira, representante da Undime no RN
“Eles estão sendo importantes porque de 70 a 80 por cento dos participantes em todos os estados são professores que estão em sala de aula. Então, eles estão validando e dizendo que a base é importante. O seminário vai afirmar ainda mais essa importância, porque é o professor que está em sala de aula quem está dizendo isso”.
REPÓRTER: As primeiras versões da Base Nacional Comum Curricular não tiveram consenso entre acadêmicos, educadores e especialistas na área. O volume de conteúdo, por exemplo, ainda é motivo de críticas. Na avaliação do presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Samuel Lara, a BNCC deveria ser mais enxuta e propor apenas aquilo que é básico para a educação.
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara
“A possibilidade de redução no número de disciplinas e que os conteúdos estivessem focados com maior objetividade para formação do aluno e não pensando na sua avaliação. O aluno termina o ensino médio sendo avaliado como se ele já tivesse que ter um conhecimento necessário ao ensino superior. Na verdade, ele estudou a base para entrar no ensino superior”.
REPÓRTER: Depois dos seminários, que acontecem em todos os estados, a previsão é a de que o Consed e a Undime desenvolvam um relatório único, que deve ser entregue até o fim de agosto ao Ministério da Educação.
Reportagem, Bruna Goularte