ECONOMIA: Vendas no varejo sobem 1,2% em fevereiro. A maior alta para o mês desde 2010

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REPÓRTER: As vendas do comércio varejista cresceram 1,2%, em fevereiro. O resultado foi o melhor para o mês desde 2010, quando a quantidade de vendas havia subido 2,7%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Para o economista José Luiz Machado, ex-conselheiro do Conselho Federal de Economia, Cofecon, a alta registrada pode ser explicada por conta de despesas excepcionais, como, por exemplo, o início do ano letivo.

SONORA
: José Luiz Machado, economista, ex-conselheiro do Cofecon
“Nós estamos vivendo um momento muito difícil, complexo, sob a ótica do consumidor. Então, é natural que estivessem retrancadas as compras. Nesse mês de fevereiro, algumas coisas extraordinárias acontecem, por exemplo, começa-se a se fazer compras de material escolar, véspera de início de ano letivo. E pega algum período de férias, alguma comemoração de Carnaval. O pessoal gasta um pouquinho mais. Eu reputo a esses fenômenos terem sido colaboradores para esses resultados.”

REPÓRTER
: Segundo o IBGE, apesar do crescimento, o volume de vendas não foi suficiente para compensar a queda de consumo acumulada nos dois meses anteriores, de pouco mais de 4%. Por isso, a média trimestral encerrada em fevereiro foi de menos um 1%. José Luiz Machado acredita que o momento mais crítico para a economia já começa a ser superado. Para ele, o ritmo de vendas do comércio deve se manter regular nos próximos meses.

SONORA
: José Luiz Machado, economista, ex-conselheiro do Cofecon
“Nós estamos saturados de ver esse quadro que nos estamos assistindo. Então, as pessoas, os consumidores, estão tocando suas vidas. As empresas estão procurando tocar suas vidas. Evidentemente que com cautela e responsabilidade frente algumas inseguranças que nos temos. Mas eu tenho impressão que a coisa deve seguir mais ou menos nesse ritmo.”

REPÓRTER
: O IBGE também divulgou os números do mês de fevereiro do varejo ampliado, que inclui veículos e motos, partes e peças, e material de construção. Neste seguimento, o volume de vendas aumentou 1,8%. O melhor resultado para o mês desde 2010, quando as vendas subiram 4%.

Reportagem, João Paulo Machado

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