ECONOMIA: Inflação pode atingir 10,7%, afirmam instituições financeiras

De acordo com o Banco Central, inflação só deve atingir o centro da meta em 2017

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REPÓRTER: Subiu pela 14ª semana consecutiva a projeção de instituições financeiras para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA. O indicador passou de 10,61 por cento para 10,70 por cento. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela terceira vez consecutiva, de 6,80 por cento para 6,87 por cento. Os números divulgados nesta segunda-feira, dia 21, estão no Boletim Focus do Banco Central. As duas estimativas estão acima do limite superior da meta, que é 6,5 por cento. O centro da meta é de 4,5. A inflação, de acordo com o Banco Central, só deve atingir o centro da meta em 2017. O principal instrumento usado para controlar a alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária, o Copom, responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Com a inflação alta a economia diminui, o reflexo disso será percebido tanto neste ano quanto em 2016. O Produto Interno Bruto, o PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país, têm projeção de queda passando de 3,62 por cento para 3,70 por cento este ano. Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela 11ª vez consecutiva, ao passar de 2,67 por cento para 2,80 por cento. A projeção para a cotação do dólar está em R$ 3,90, ao final deste ano, e em R$ 4,20, no fim de 2016.

Reportagem, João Paulo Machado

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