ECONOMIA: Inflação de outubro foi influenciada pelo etanol; perspectiva é de continuidade de melhora no IPCA, diz economista

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, indicador considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,26 por cento em outubro, depois de ter chegado a 0,08 por cento em setembro. As informações foram divulgadas na quarta (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. De acordo com o levantamento, o que mais influenciou o aumento da inflação na comparação de setembro a outubro, foi o preço do etanol. É o que explica o economista Eduardo Reis Araújo, presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo.


SONORA: Eduardo Reis Araújo, presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo

“Na parte do impacto positivo, daqueles itens que fizeram com que a inflação se elevasse, nós temos um destaque para os transportes. Nós estamos tendo a notícia de uma redução de preços da gasolina e do diesel pela Petrobras, já agora pelo segundo mês, mas no caso do impacto da elevação da inflação dos Transportes, é ocasionado, sobretudo pelo fato do etanol ter subido seis por cento no mês de outubro”.


REPÓRTER: O IPCA mostra a variação do custo médio de vida da população brasileira. A inflação acontece quando há um aumento geral e persistente dos preços. Por isso, quando um produto fica mais caro, a inflação também sobe. De acordo com o IBGE, apesar de ter acelerado em outubro, o índice ainda é o menor para o mês desde 2000, quando chegou a 0,14 por cento. O economista Eduardo Reis Araújo explica que as melhoras apresentadas na inflação significam uma boa notícia para os brasileiros, que já devem sentir um alívio nos bolsos na hora de comprar.


SONORA: Eduardo Reis Araújo, presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo
“Para o consumidor, quando a inflação cai, é muito bom. Porque a gente também vê respostas em relação a outros indicadores econômicos. Especialmente quando a gente fala de taxa de juros. Porque o Banco Central é muito resistente em fazer a baixa na taxa de juros. E quando você tem sinais de melhoria na expectativa de inflação para os próximos meses, o Banco Central consegue fazer um movimento de queda na taxa de juros. É um movimento que nós temos percebido de queda na taxa de juros e isso é um movimento muito positivo que temos percebido, porque o Brasil é um dos pais com taxa de juros mais altas do mundo”


REPÓRTER: Para que os preços não fiquem muito altos, nem muito baixos, o governo determina, todo o ano, uma meta de inflação. O objetivo dessa medida é dar segurança ao mercado sobre os rumos da economia. De acordo com o IBGE, a taxa acumulada dos 12 meses terminados em outubro perdeu forças, ao atingir 7,87 por cento. Dessa forma, ficou abaixo dos 8,48 por centos relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar disso, o índice ainda está distante do centro da meta da inflação determinado para este ano, de 4,5 por cento.


Reportagem, Bruna Goularte

Receba nossos conteúdos em primeira mão.