Data de publicação: 06 de Maio de 2016, 14:57h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, avançou em abril e fechou o mês em 0,61 por cento. A taxa foi divulgada nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, e mostra que o aumento foi de 0,18 pontos percentuais em relação ao mês de março, quando a inflação foi de 0,43 por cento. Apesar da aceleração, esse é o menor índice registrado no mês de abril, desde o ano de 2013, como explica o economista Vitor César Lopes, que é o presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia.
SONORA: Vítor César Lopes, Presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia
“O índice de fato é elevado, mas ele é inferior ao abril de 2015 e ao abril de 2014. Claro que é alto, foi acima da expectativa de mercado, mas abaixo dos dois anos anteriores. Tem esse fato e isso pode, também, ser um alento. De alguma forma é uma notícia que não é boa, mas também não é um desastre”.
REPÓRTER: O IPCA mostra a variação do custo médio de vida da população brasileira. Por isso, quando um produto fica mais caro, a inflação também sobe. Em abril, os grupos que mais contribuíram para o aumento da taxa foram os alimentos, as bebidas e os remédios. O economista Vitor César Lopes explica que a inflação só não foi maior, porque a energia elétrica está mais barata para a população.
SONORA: Vítor César Lopes, Presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia
“A energia elétrica teve uma queda, em função da redução da tarifa, da bandeira tarifária. Como caiu a cobrança extra, e a bandeira tarifária é normal, é a verde, houve a redução do custo da energia elétrica. Isso influenciou no sentido de não aumentar mais ainda, desse índice não ser maior do que foi”.
REPÓRTER: Para que os preços não fiquem muito altos, nem muito baixos, o governo determina, todo o ano, uma meta de inflação. O objetivo é dar segurança ao mercado sobre os rumos da economia. De acordo com o IBGE, a taxa acumulada de 12 meses ficou em 9,28 por cento, e ultrapassou o centro da meta, que é 4,5 por cento com variação de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Reportagem, Bruna Goularte
