ECONOMIA: Déficit nas contas públicas significa que arrecadação é insuficiente, diz economista

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REPÓRTER: O presidente interino, Michel Temer, anunciou nesta terça-feira (24) as medidas do governo para tentar retomar o crescimento da economia brasileira. O anúncio foi feito um dia depois que Temer entregou ao Congresso um pedido de autorização para que um rombo de mais de 170 bilhões de reais seja registrado nas contas públicas em 2016, quase o dobro dos 96 bilhões de reais que haviam sido propostos pela presidente afastada, Dilma Rousseff. O economista e especialista em contas públicas Raul Velloso explica o que significa essa mudança no déficit das contas públicas.
 
SONORA: Raul Velloso, economista e consultor econômico
“O governo federal está arrecadando bem menos do que ele costumava arrecadar para cobrir as suas despesas convencionais, as despesas que ele faz normalmente: pagamento de pessoal, custeio dos ministérios, aluguéis, telefones, etc. Ele não vai conseguir cobrir essas despesas com a receita que caiu bastante, por causa da recessão que nós estamos vivendo”.
 
REPÓRTER: Segundo Raul Velloso, essas despesas se distribuem em vários itens e cada um exerce um peso para o crescimento da dívida pública. O economista explica que os itens que mais influenciam o déficit, por ordem, são: a Previdência Social, os gastos com pessoal, o custeio geral dos ministérios e a assistência social. Raul Velloso acredita que rombo nas contas públicas afeta a população, porque é reflexo da crise econômica que o país atravessa.
 
SONORA: Raul Velloso, economista e consultor econômico
“E é dela que nós precisamos nos livrar. Quando o governo, agora, está tentando retomar o controle de suas contas, o que ele quer é exatamente recuperar a confiança dos investidores em títulos públicos, na qualidade desse tipo de aplicação. De forma que, depois, a confiança sendo restaurada, os investimentos voltem e a economia saia da recessão”.
 
REPÓRTER: O Congresso deve votar ainda nesta terça-feira, em plenário, a nova proposta de revisão da meta fiscal do governo.
 
Reportagem, Bruna Goularte

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