CRISE: Com votação marcada para esta quarta (2), Temer usa últimos dias para garantir votos de aliados contra denúncia da PGR

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

LOC.: O presidente Michel Temer tem usado os últimos dias para se reunir com parlamentares e articular a derrubada denúncia feita contra ele pela Procuradoria Geral da República por corrupção passiva. A expectativa é de que a Câmara dos Deputados vote a admissibilidade do processo contra Temer nesta quarta-feira (2). No entanto, para que a votação seja iniciada é preciso à presença de, ao menos, 342 deputados. Esse é o mesmo número de votos necessários para autorizar o seguimento da denúncia ao Supremo Tribunal Federal. Caso isso ocorra, o presidente será afastado do cargo por 180 dias.


E para evitar que isso ocorra, o presidente tem realizado encontros e traçado estratégias para barrar o processo já na sessão desta quarta. Temer se reuniu na noite deste domingo (31), com os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa) e alguns parlamentares como André Moura, Darcisio Perondi e Beto Mansur. No encontro que ocorreu no Palácio da Alvorada, Temer discutiu com os aliadas o possível número de votos que terá a seu favor na quarta. Além disso, o presidente orientou a base a marcar presença na sessão, já que a oposição articula esvaziar o plenário para que o quórum mínimo para votação não seja atingido.

Para se manter vivo no poder, Temer também tem mantido tratativas com lideranças tucanas. No sábado (29), no Palácio do Jaburu, o presidente se reuniu com o senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado do PSDB, e outros ministros do partido. O governo tenta garantir a maioria dos votos dos deputados da legenda, a segunda maior da Câmara.
 

Reportagem, João Paulo Machado

Receba nossos conteúdos em primeira mão.