BRASIL: Taxa de inflação a 0,18% não indica melhora na economia, diz presidente do Corecon-BA

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REPÓRTER: A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, perdeu forças e passou de 0,26 por cento em outubro para 0,18 por cento em novembro. O índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, mostra que essa é a menor taxa para o mês desde o ano de 1998, quando teve queda de 0,12 por cento.
 
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia, Vitor César Lopes, nem sempre a redução da inflação aponta um bom sinal para a economia.
 
Na opinião do economista, a diminuição dos preços no mês de novembro se deve, principalmente, à redução da demanda dos produtos. Ou seja: a crise econômica está apertando o orçamento das famílias, que estão comprando menos. Isso faz com que a quantidade de produtos aumente e os preços diminuam no mercado. 
 
SONORA: Vitor César Lopes, presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia 

“Eu acho que isso retrata uma recessão econômica, uma retração forte na demanda. E, com isso, você tem uma redução na pressão do indicativo dos preços. A economia e os dados em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) demonstram isso. Consequentemente essa retração se reflete, também, nos preços
 
REPÓRTER: Ainda de acordo com o economista Vitor César Lopes, o mês de dezembro costuma ser o mês mais lucrativo para os comerciantes. Durante o período de festas de final do ano, a inflação tende a subir. Apesar disso, o presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia não acredita que este mês se encerrará com grandes mudanças nos preços. 
 
SONORA: Vitor César Lopes, presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia 
 
“Normalmente a demanda cresce. Você tem o 13º salário, tem as compras de final de ano. O mês de dezembro é, tradicionalmente, o mês de maior venda do comércio. A tendência é que haja um aumento de preços. Mas eu não acredito que seja um aumento tão expressivo, em função, exatamente, desse quadro em que se encontra a economia: de retração, de dificuldade econômica. Não será tão expressivo esse impacto na inflação”. 
 
REPÓRTER: De acordo com o IBGE, em novembro, o que mais influenciou a desaceleração da inflação foram os alimentos, que tiveram queda de 0,20 por cento nos preços e os artigos de residência, que ficaram 0,16 por cento mais baratos. 
 
Reportagem, Bruna Goularte

 

 

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