O aumento da expectativa de vida dos brasileiros é uma realidade e em Minas Gerais não é diferente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as pessoas tendem a viver até 76,7 anos no estado. Para se ter uma ideia, em 1940, a expectativa de vida dos brasileiros era de 45,5 anos. Ou seja, uma diferença de aproximadamente 30 anos.Paralelo a isso, a média de filho que as mulheres brasileiras tinham durante a vida era de 2,14. Esse número caiu para 1,74 em 2014, também de acordo com IBGE.
O coordenador de Previdência Social do Instituto de Economia Aplicada (Ipea), Rogério Nagamine, explica que, atualmente, quem paga as aposentadorias são os contribuintes que estão na ativa. Logo, para ele, esse comparativo entre a expectativa de vida e a taxa de fecundidade mostra a necessidade de se fazer mudanças nas regras do setor previdenciário.
“De um lado você tem essa questão de aumento da expectativa de vida das pessoas. E por outro lado, hoje nós temos uma média que é de dois filhos por mulher. Isso significa uma quantidade menor de contribuintes para a Previdência, no futuro”.
O deputado Federal Carlos Melles, do Democratas mineiro, defende uma reforma na Previdência. Para o parlamentar, as informações divulgadas sobre a questão só provam a necessidade de se fazer mudanças no setor.
“Tem um ano e meio que o noticiário, diariamente, fala do déficit da Previdência e do envelhecimento da população. Entre essas necessidades, é obvio que há um problema cristalizado no Brasil, causado pelo déficit da Previdência”.
O texto da reforma da Previdência ainda vai passar por votação no plenário da Câmara. Mas para seguir à análise do Senado Federal, precisa do voto favorável de pelo menos 308 deputados.
Reportagem,Marquezan Araújo
