Foto: Ministério da Saúde
Foto: Ministério da Saúde

ALTO CAPIBARIBE: Municípios da microrregião estão em alerta com a presença do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya

Alguns municípios dessa área sofrem com a presença do Aedes aegypti. É o caso de Surubim, que registra um índice de infestação 18 vezes maior do considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde

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A população que vive na microrregião do Alto Capibaribe, em Pernambuco, deve ficar atenta aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. Alguns municípios dessa área sofrem com a presença do mosquito, como é o caso de Surubim. 

De acordo com o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), a cidade está desde 2013 com risco de infestação. Em 2019, a taxa de presença do mosquito na cidade atingiu 18,60%. O número é 18 vezes maior do que o Ministério da Saúde considera como satisfatório. 

O LIRAa é uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas do Aedes aegypti.

Outro município da microrregião onde a população sofre com as doenças transmitidas pelo mosquito é Santa Cruz do Capibaribe. Morador do centro da cidade, o servidor público José Cristiano, de 40 anos, foi picado em 2017 e contraiu chikungunya. As fortes dores no corpo e a febre alta o impediram, inclusive, de trabalhar. 

“Eram muitas dores, principalmente quando acordava. Quando tentava levantar, botar os pés no chão, doía muito – parecia que estava pisando em pregos”, conta.  

A realidade desses municípios não é diferente no resto do estado. O número de casos notificados das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti aumentou, este ano, em Pernambuco. Até 14 de setembro, a Secretaria Estadual de Saúde registrou um crescimento de 160% nos casos notificados de dengue, 175,8% nos de zika e 134% nos de chikungunya, em comparação com o mesmo período do ano passado. 

Para a gerente de Vigilância das Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde, Claudenice Pontes, o principal fator que contribui para esses números é o armazenamento inadequado, principalmente em municípios do Nordeste em que os moradores estocam água dentro de casa por conta da seca. Ela ressalta que é preciso redobrar alguns cuidados para evitar focos do mosquito. 

“Precisamos sempre olhar nossos quintais, jardins e até os locais que armazenamos água, para sabermos se a água está corretamente armazenada, de forma que não permita desenvolver o mosquito. Precisamos verificar se não tem nenhum depósito que vire um criadouro do mosquito quando vier a época de chuva. Aqui, quando chove, geralmente em seguida vem o sol, criando uma situação muito favorável para a proliferação do mosquito. Devemos estar atentos a esses possíveis depósitos e eliminá-los”, enfatiza. 

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa por você. Aqui vão algumas recomendações do Ministério da Saúde para a limpeza dos reservatórios de água. É importante mantê-los sempre tampados. A limpeza deve ser periódica, com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Segundo o ministério, esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.

Dengue, chikungunya e zika podem matar. Caso queira denunciar focos do mosquito, procure a prefeitura da sua cidade. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.

Crédito: Ministério da Saúde
 

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