AEDES AEGYPTI: Brasil utiliza inovação para combater doenças

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Todo ano é a mesma coisa no Brasil. Com a chegada das chuvas, aumenta o número de mosquitos Aedes aegypti e, com ele, os casos de dengue, chikungunya e zika. Dentre as várias frentes de trabalho em que governo e sociedade estão unidos para combater essa praga urbana está o projeto “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”. O projeto faz parte de uma iniciativa de pesquisadores da Fiocruz, que criaram uma fábrica para a produção de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia. Segundo o pesquisador-líder do projeto, Luciano Moreira, essa bactéria reduz, e até bloqueia, a transmissão de dengue, chikungunya e zika.

“O mosquito então, ao estar no campo, vai cruzar com os outros. A fêmea passa a bactéria através dos ovos e todos os seus descendentes já nascem com a bactéria Wolbachia. Então seria como a gente fazer a imunização de uma população de campo de mosquitos”.

 A estrutura da fábrica da Fiocruz conta com capacidade de produção semanal de 10 milhões de ovos do mosquito com a bactéria Wolbachia. Dez bairros da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, serão atendidos com essa produção. Após a conclusão do trabalho na região, o projeto se expandirá para outras localidades da cidade do Rio de Janeiro, nas zonas Norte e Sul. Depois segue para outros municípios como Belo Horizonte, em Minas Gerais. O pesquisador Luciano Moreira diz que é preciso continuar combatendo o mosquito Aedes aegypti.

“Nós não somos a bala-mágica. Nosso esforço, juntamente com outras metodologias, com certeza vai ter um resultado muito mais eficiente do que uma estratégia isolada”.

 Aproveite o período de pouca ou nenhuma chuva para identificar e destruir possíveis criadouros e focos do Aedes aegypti. Assim, haverá menos mosquito na próxima temporada, reduzindo a possibilidade de transmissão de dengue, chikungunya e zika. Para saber mais sobre o projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil acesse www.blog.saude.gov.br e confira todos os detalhes.

Reportagem, Luiz Philipe Leite.

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