A cada R$ 10 que governo arrecada com PIB, R$ 3,34 vêm de impostos que você paga

A matéria prevê, por exemplo, que alguns impostos sejam unificados e passem a fazer parte de uma única cobrança

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Você paga impostos em tudo o que compra, desde a roupa que usa até o alimento que consome. E no Brasil, a tributação não é baixa. Um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicou que o Brasil tem a maior carga tributária da América Latina. De acordo com a entidade, a cada R$ 10,00 que o governo arrecada com o PIB, R$ 3,34 vêm de impostos que você paga.

E é esse um dos pontos que a reforma tributária, que tramita no Congresso Nacional, quer reverter. A matéria prevê, por exemplo, que alguns impostos sejam unificados e passem a fazer parte de uma única cobrança, criando o Imposto Sobre Valor Agregado (IVA). Essa medida, na avaliação dos defensores da reforma, simplifica e reduz a tributação no país.

O deputado Federal Waldir Maranhão (PTdoB-MA) é um dos parlamentares que apoiam mudanças na forma de arrecadação. Para o congressista, uma reforma tributária iria beneficiar de forma direta toda a população.

“Tem altos tributos e esses tributos nem sempre se convertem em melhoria de qualidade de vida da população. Então eu sintetizo dizendo que reforma tributária é promover justiça social. Reforma tributária é algo pontual, porém, imprescindível, necessária e inadiável.”

Um dos objetivos da proposta, de acordo com o relator da matéria na Câmara, deputado Federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), é retirar a cobrança de impostos de alguns produtos. Segundo o parlamentar, essa decisão vai gerar economia para as famílias brasileiras.

“Nós vamos tirar todo o imposto de todo tipo de comida e de todo tipo de remédio. Vai ser zero. Então, uma família de R$ 2.000 reais que gasta R$ 1.200 por mês em comida e remédio, hipoteticamente, ela teria uma diminuição de 33%, 34% em impostos. Daria um ganho de R$ 400.”

Ainda segundo o relator, o sistema atual, além de complexo, facilita a sonegação e sobrecarrega a folha de pagamento das empresas.

De Brasília, Marquezan Araújo
 

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