LOC.: De setembro para outubro deste ano, o setor de turismo recuou 1,1%, entretanto, no acumulado de 2023, o faturamento real do setor acusa avanço de 7,9%, ficando 6,1% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. As informações foram divulgadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O economista Fabio Bentes pontua que, no geral, o setor de turismo está em um bom momento e deve ficar com o número positivo no final de 2023.
TEC./SONORA: Fabio Bentes, economista
“A gente projeta um fechamento de 2023 para as atividades de turismo de 7,4%, e para o ano que vem, um aumento menor, de 2,1%. A tendência é que a gente tenha um crescimento.”
LOC.: Em outubro, o volume de receitas do setor de serviços diminuiu 0,6% em relação ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Esse desempenho representou a terceira redução consecutiva na receita real desse setor, ficando abaixo da previsão feita pela CNC, de -0,1%.
O economista César Bergo afirma que se de um lado a inflação no setor de serviço vem se mostrando “comportada” e que a recuperação econômica não afetou os preços, por outro lado, o setor está aquém do esperado.
TEC./SONORA: César Bergo, economista
“O setor de serviço tem mostrado força na área de turismo e também serviços financeiro e caindo um pouco na questão do serviço de comunicação. Houve uma queda significativa das operações com relação às atividades no setor de comunicações, isso acaba afetando o serviço como todo, apresentando um resultado abaixo."
LOC.: César Bergo explica que uma atividade maior, devido principalmente à sazonalidade dos meses de férias, ajuda o setor de serviços, que deve mostrar um melhor desempenho nos próximos meses.
Para 2023, a CNC mantém sua aposta em crescimentos positivos nos serviços, de 2,9%, e para 2024, 2,7%, devido à uma atividade geral mais fraca e um menor impacto estatístico decorrente do ano atual.
Reportagem, Nathália Guimarães