Data de publicação: 25 de Janeiro de 2019, 17:50h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:32h
Se você fosse nomear três órgãos vitais para o nosso corpo, lembraria da tireoide? Não? Pois é. A glândula, localizada no pescoço, é um dos órgãos mais importantes. Ela produz os hormônios T3 e T4 e está relacionada com todos os órgãos do corpo e é responsável por regular o metabolismo do corpo inteiro. É por isso eu quando a glândula não funciona bem, até mesmo os ossos são prejudicados. Uma das consequências é a osteoporose, como explica a endocrinologista Tula Meireles.
“A glândula tireoide ela pode ser uma hiperprodução dos hormônios que vai ser o hipertireoidismo e uma diminuição dos hormônios que é o hipotireoidismo. Normalmente, a osteoporose está mais relacionada com o hipertireoidismo. O excesso desse hormônio vai aumentar o metabolismo do corpo de uma maneira geral. E também faz a pessoa perder cálcio do osso - pelo excesso de metabolismo. E osso é um órgão vivo do nosso corpo que está sempre remodelando. Então o excesso desse hormônio T3 e T4 vai, vamos dizer assim, descalcificar o osso”.
Esse processo de descalcificação é o que leva à osteoporose e também atinge pacientes com hipotireoidismo também correm esse risco.
“Mas o hipotireoidismo, que é diminuição do hormônio, você vai tratar com o hormônio – que é a levotiroxina. E a levotiroxina também pode levar a uma diminuição da massa óssea. Por isso que normalmente essas duas condições podem estar assim relacionadas à osteoporose e à osteopenia. A osteopenia, digamos assim, é uma pré-osteoporose. Já tem uma diminuição da densidade óssea, mas que ainda não virou osteoporose”.
Vale lembrar que mesmo aqueles que não têm nenhuma deficiência na tireoide podem prevenir a descalcificação. Exercícios físicos regulares são fundamentais, a alimentação rica em laticínios e cálcio também é recomendada. Saiba mais em saude.gov.br.
Reportagem, Aline do Valle