LOC.: A escala de violência em escolas e creches tem acendido um alerta aos pais e responsáveis. Neste ano, foram dois ataques resultando em mortes, em São Paulo e em Blumenau. Pelo bem da saúde mental das crianças e dos jovens, é importante que os responsáveis busquem estratégias para lidar com o momento.
A psicóloga Juliene Azevedo enumera algumas ações que podem ser tomadas pelos pais.
TEC./SONORA: psicóloga e doutora em saúde Juliene Azevedo
“Primeiro tentando se informar: como é a segurança dessa escola? Se reunir com outros pais fazer uma lista de, entre aspas, reivindicações, saber o que a escola tem, o que a escola não tem, está sendo passado muito pela polícia civil, os telefones. Orientar essas crianças, se acontecer uma coisa ali dentro, como você deve agir, onde ligar, o que pode ser feito.”
LOC.: A psicóloga alerta: prestar atenção aos sinais é importante para estabelecer diálogos significativos, que colaborem neste momento.
TEC./SONORA: psicóloga e doutora em saúde Juliene Azevedo
“O que tem angustiado nossos filhos, será que eles têm algum tipo de violência na escola, violências invisíveis, que a gente não quer enxergar, como por exemplo o bullying. Meu filho tem amizades na escola? Como ele está se sentindo lá dentro? A gente deixa muito a cargo da escola toda a questão de educação e emocional dos nossos filhos, e acho que agora é um grande momento de reflexão de porque isso está acontecendo aqui, até que ponto eu como mãe tenho que estar conhecendo como meu filho se comporta na escola”.
LOC.: A publicitária Rebeca Catarina, do Distrito Federal, e tem dois filhos, estudantes na rede pública. Ela conta como mais velho, de 12 anos, tem se sentido neste momento.
TÉC./SONORA: publicitária Rebeca Catarina
“Como ele tem mais acesso a internet, ele está recebendo muitas mensagens, o tempo inteiro, são muitas notícias. Ele vê o que aconteceu, ele vê o que falam que vai acontecer, já deram datas, deram até locais onde iriam acontecer os ataques, e eles estão ficando muito nervosos, eles estão tendo algumas reações de ansiedade mesmo”.
LOC.: Diante desse cenário, o MEC instituiu um grupo de trabalho interministerial de enfrentamento à violência nas escolas. O grupo já se reuniu e deve desenvolver uma política de segurança e prevenção de combate à violência no ambiente escolar.
Os governos estaduais também se movimentaram na última semana. Em Blumenau, os vigilantes que atenderão as unidades escolares receberam treinamento, e equipes técnicas visitaram todas as instituições de ensino para verificar possíveis vulnerabilidades na estrutura física das unidades.
Já o governo do estado do Rio de Janeiro iniciou os trabalhos do Comitê de Segurança Escolar para prevenir casos de violência nas escolas.
O governo do Ceará lançou uma cartilha de orientações para prevenção e combate da violência dentro do ambiente escolar.
No Acre, o governo estadual e as secretarias de Educação, Cultura e Esportes, de Saúde e a de Segurança Pública (Sejusp) promoveram um encontro para tratar sobre violência nas escolas.
Em Brasília, diretores de escolas públicas terão, nesta segunda-feira, 17 de abril, formação com orientações sobre prevenção e enfrentamento da violência.no espaço escolar.
Reportagem, Janine Gaspar