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Com a volta das festas juninas após dois anos de pandemia, não custa lembrar que duas das maiores diversões dos festejos populares podem acabar se transformando em pesadelo: a fogueira e os fogos de artifício. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), nesta época do ano há um aumento considerável no número de ocorrências envolvendo queimaduras e explosões. E na maior parte dos casos, seguir orientações são suficientes para se evitar os incidentes.
De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar mais de cinco mil pessoas em um período de 10 anos, entre 2008 e 2017, antes da pandemia. Em 21 anos foram registradas 218 mortes. Ainda segundo a pesquisa, apenas no mês de junho são registradas nos serviços públicos de saúde cerca de 80 internações.
O capitão Hélio Marçal, do CBMDF explica que o primeiro cuidado é adquirir os fogos de artifício em um estabelecimento licenciado, observar o selo do Inmetro no produto, solicitar informações com o vendedor de como proceder e sempre ler com cuidado as instruções. Como apenas maiores de 18 anos podem fazer a compra e a soltura dos fogos, a indicação é que essa pessoa não tenha consumido bebidas alcoólicas no momento do uso. Segundo o bombeiro militar, a escolha de onde soltar os fogos também é importante.
“O local para soltura desse fogo tem que ser num local aberto, longe da vegetação, longe de fios, de árvores. Jamais soltar esse fogo de artifício de uma sacada. Os fogos de artifício têm um grande problema, eles vão projetar aí uma grande quantidade de bombas. Então, o local é isso, um local aberto, longe de marquises e principalmente longe das pessoas e de crianças”, destaca Marçal.
A orientação também é para que o responsável pela soltura não realize brincadeiras, como apontar para alguém ou colocar bombas em latas. Sempre deve-se fazer o uso de uma base própria ou do próprio suporte fornecido na embalagem, principalmente em relação aos rojões. “Haja vista que se ele estiver na sua mão, esse foguete ou esse rojão, e houver uma pane, uma falha no dispositivo, ele pode explodir na sua mão e isso é comum inclusive estar acontecendo nessa época também”, alerta.
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Em caso de falha do dispositivo – quando se acende o pavio, mas os fogos não funcionam –, é preciso aguardar e, após isso, inutilizar o dispositivo. “Quando houver falha na detonação de um dispositivo deste, o que você deve fazer? Aguarda, dá um tempo razoável, aí sim você pode ir lá, depois de um tempo razoável, pegar esse fogo de artifício e jogar dentro de um balde com água, que é justamente para inutilizar a pólvora que ainda está ali”, explica.
As fogueiras quase sempre estão presentes nas festas juninas e, ao contrário do que se imagina, também oferecem grandes riscos caso os responsáveis não sigam certas orientações. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, é preciso escolher a localização com cuidado e evitar brincadeiras próximo ao fogo.
“Com relação às fogueiras, a gente orienta que também estejam longe de vegetação, e que você faça um aceiro. E que essas fogueiras não tenham uma altura superior a um metro e meio. Também alertamos para as brincadeiras próximas à fogueira. Brincadeiras de saltar fogueira, corre-corre próximo à fogueira são brincadeiras perigosas. Jogar fogo de artifício dentro da fogueira também jamais deverá acontecer”, destaca.
No caso de alguém se ferir na fogueira ou com fogos de artifício, a indicação é ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros, no telefone 193. E caso o ferimento resulte em uma queimadura, procedimentos extras devem ser tomados antes da chegada do socorro. Se fragmentos de roupas ou objetos ficarem aderidos à pele em decorrência da queimadura ou explosão, eles não devem ser retirados. Aplicação de receitas caseiras também são desaconselhadas.
“Jamais utilizar produtos caseiros, como por exemplo, café, manteiga, pasta de dente, não passe nada disso na queimadura”, alerta o capitão Marçal.
Segundo o dermatologista Ricardo Fenelon, se a queimadura ocasionada por fogo ou fogos de artifício for superficial, apenas com vermelhidão e ardência, a pessoa pode fazer o tratamento sozinha. Em casos de lesões mais graves, no entanto, é necessário o atendimento de profissionais. O médico explica como diminuir os danos da queimadura logo após o acidente.
“Quando você tem uma queimadura, o que você deve fazer é esfriar o local. Água fria, compressa fria, porque o dano térmico persiste. Depois de queimar, ainda continua provocando destruição. Então, a primeira coisa, o mais importante, é resfriar o local. Não é gelo, é água fria. Se for uma queimadura de primeiro grau, só com vermelhidão, você resfriando o local, usando um creme de corticóide, que tem vários na farmácia, você resolve. Se já é uma queimadura de segundo grau, é importante procurar um serviço de queimaduras”, ensina o dermatologista.
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