Foto: Divulgação/MDR
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Rota do Cacau auxilia produtores do Pará e da Bahia a expandirem produção agrícola

Iniciativa integra a Estratégia Rotas de Integração Nacional, ação do MDR Regional que estimula o desenvolvimento de cadeias produtivas

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O cacau é uma das principais culturas agrícolas do Brasil e é destaque no cenário internacional. De acordo com a International Cocoa Organization (ICCO, na sigla em inglês), o País é o sexto maior produtor do fruto no mundo e essa produção se concentra na Bahia e no Pará — responsáveis por cerca de 96% de todo o cacau brasileiro. O cultivo do fruto responsável pela produção do chocolate é um dos setores apoiados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da Estratégia Rotas de Integração Nacional.

Com a proposta de contribuir para a estruturação da cadeia produtiva, o MDR criou a Rota do Cacau. Atualmente, há dois polos estruturados, sendo o Transamazônica, que alcança 11 municípios do Pará; e o do Litoral Sul da Bahia, composto por 26 municípios do estado.

A cadeia produtiva do cacau e do chocolate é estratégica para o desenvolvimento regional pelo grande número de ocupações e postos de trabalho gerados pelo setor, especialmente para a agricultura familiar e extrativistas em territórios de baixa renda, comumente associada ao turismo e à gastronomia. Nos últimos anos, a produção estimada de cacau e derivados pelos polos da Rota do Cacau foi de cerca de 157 mil toneladas.

A coordenadora-geral de Sistemas Produtivos e Inovadores do MDR, Valquíria Rodrigues, reforça a importância das Rotas de Integração Nacional para os setores apoiados.

"A Estratégia Rotas de Integração Nacional incentiva a criação de redes de cooperação e parceria entre órgãos e entidades federais, estaduais e municipais, bem como entre produtores, empresários, universidades e com os organismos de cooperação técnica internacional. Essa parceria tem contribuído para o desenvolvimento de um sistema eficaz de governança regional, com ações entre os agentes públicos ou privados, seja na gestão do financiamento, da capacitação, ou infraestrutura", diz.

"Os resultados têm impacto positivo na geração de empregos e renda, fomenta a segurança, soberania alimentar e nutricional, estimulando o uso eficiente dos recursos naturais e exercício da cidadania", completa.

Todas as informações sobre a Rota do Cacau e das outras dez Rotas em funcionamento podem ser acessados na Plataforma Rota-S, que conta com uma página na internet e com uma versão para smartphones, disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos com o nome Rotas de Integração Nacional.

Rotas de Integração Nacional

As Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).

Buscam ainda promover a coordenação de ações públicas e privadas em polos selecionados, mediante o compartilhamento de informações e o aproveitamento de sinergias coletivas a fim de propiciar a inovação, a diferenciação, a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos associados, contribuindo, assim, para a inclusão produtiva, inovação e o desenvolvimento regional.

Atualmente, há 11 Rotas reconhecidas: do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, da Moda, do Pescado e da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Além dos milhares de pequenos produtores familiares beneficiados com a geração de emprego e renda, as Rotas contribuem na produção de alimentos regionais de qualidade e a preços acessíveis. Estima-se que nos últimos anos foram produzidos mais de 1,5 milhão de litros de leite e derivados nos polos da Rota do Leite; cerca de 157 mil toneladas de cacau e derivados pelos polos da Rota do Cacau; 161 toneladas de açaí; 940 toneladas de mel e derivados; 1,2 milhão de toneladas de frutas diversas pela Rota da Fruticultura.

Já a Rota do Cordeiro, a estimativa é de um rebanho de 14 milhões de cordeiros e na do peixe, 841 mil toneladas. Há, ainda, os produtos provenientes da biodiversidade, que somam cerca de 22 de toneladas.

Seminário internacional

Na última terça-feira (9), o MDR promoveu a primeira parte de um seminário internacional para apresentar a Estratégia Rotas de Integração Nacional e a Plataforma Rota-S a representantes de 12 países: Ao todo, cerca de 180 pessoas participaram do encontro virtual. Na próxima terça-feira (16), a partir das 9h30, acontece o segundo dia do seminário internacional. A sessão pode ser acessada por este link. Os participantes poderão receber certificados mediante cadastro. 

O Seminário é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (IPPDS) e o Instituto Avaliação.

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