Data de publicação: 10 de Dezembro de 2021, 14:13h, atualizado em 10 de Dezembro de 2021, 15:18h
O prefeito de Uberlândia (MG), Odelmo Leão, lançou o marco fundamental do primeiro Polo Agromineral Verde do Brasil, com o objetivo de tornar o município referência nacional na produção e distribuição dos remineralizadores de solo no país.
O evento celebrou a assinatura da ordem de serviço para que a Prefeitura e empresa Companhia de Promoção Agrícola e Tecnologia Campo formalizem um acordo de cooperação para novas ações no segmento.
"Uma vez que nossa cidade seja reconhecida como centro de processamento e comercialização do pó de rocha, todos sairão ganhando. Isso vai desde a questão econômica até a qualidade do alimento produzido e fornecido para a nossa população. Como polo logístico e avançado nos estudos sobre a aplicação desse recurso natural na lavoura, Uberlândia tem expertise para promover o impulso de que o setor precisa. Alavancando, assim, não só a economia local, mas de toda a região, incluindo o Noroeste mineiro", disse Odelmo Leão.
Para estabelecer Uberlândia como Polo Agromineral Verde, o prefeito apresentou, no final de outubro, junto a outros parceiros relatório técnico para que as mineradoras interessadas registrem o basalto de Uberlândia junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para processamento do pó de rocha.
O engenheiro-agrônomo e diretor da Campo, Marcos de Matos Ramos, elencou algumas ações viabilizadas a partir do lançamento do polo. "Entre outras atividades, vamos mapear e quantificar o potencial basáltico e de outros tipos de rocha, orientar as mineradoras quanto ao registro no Mapa e atrair novas empresas, orientar o desenvolvimento de plano de negócios para a cadeia produtiva e identificar e atrair investidores", explicou.
Por ser rico em minerais, o pó de rocha auxilia na recuperação da terra da forma mais natural possível e com viabilidade econômica. No caso específico do pó de basalto, abundante no solo uberlandense, o destaque está nas concentrações de cálcio, magnésio, potássio e silício. Os estudos, conduzidos pelo município com apoio da Campo, apontam para aumento de rendimento na produção e melhora de sanidade das plantas, com maior resistência a pragas e doenças.
O pó de rocha contribui para a otimização do uso de fertilizantes sintéticos, que encarecem os custos da lavoura. Outro ponto positivo é o sequestro de carbono, já que para cada tonelada de pó de basalto adicionada na terra, estima-se que 180 kg de CO2 deixem de ir para atmosfera, pois são fixados no solo.
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