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LOC.: A reforma tributária deve mudar a forma como a construção civil lida com impostos e contratos de longo prazo. O novo modelo promete simplificação, menos burocracia e mais eficiência para o setor.
Segundo o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernardo Appy, a introdução do modelo não cumulativo vai estimular maior produtividade em todas as etapas da obra.
TEC/SONORA – Bernardo Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária
“A reforma tributária favorece quem é mais eficiente, favorece o uso de métodos mais eficientes de construção e, obviamente, isso afeta a forma de funcionamento do setor. Mas o resultado para o setor acho extremamente positivo, e é muito importante ter colocado esse tema no bojo dos diálogos estruturais.”
LOC.: Além da eficiência, líderes políticos destacam a urgência de simplificar o sistema. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, lembra que no Brasil as empresas gastam em média mil e quinhentas horas por ano para cumprir obrigações tributárias — número dez vezes maior que o de países da OCDE.
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada, Cláudio Medeiros, avalia que a reforma pode abrir caminho para contratos mais claros e atrair novos investimentos privados em infraestrutura.
A primeira parte da reforma já está em vigor com a sanção da Lei Complementar 214 de 2025, que criou três novos tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços, o Imposto sobre Bens e Serviços e o Imposto Seletivo. Agora, a atenção do Congresso se volta ao PLP 108 de 2024, que trata da criação do Comitê Gestor do IBS, órgão que vai administrar a arrecadação e a distribuição da receita entre estados e municípios.
A expectativa é que o relatório final sobre esse projeto seja apresentado no Senado em 17 de setembro, com votação prevista para o dia 24.
Reportagem, Livia Braz