Especialistas acreditam que preços nos supermercados podem subir, em virtude das enchentes no RS  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Especialistas acreditam que preços nos supermercados podem subir, em virtude das enchentes no RS Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Quatro das sete capitais componentes do IPC-S registraram desaceleração, aponta FGV

Especialista aponta que as chuvas intensas no Rio Grande do Sul podem afetar o IPC-S nos próximos meses

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O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de maio de 2024 continuou em 0,45%, acumulando uma alta de 3,23% nos últimos 12 meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). 

O economista Cesar Bergo destaca que quatro das sete capitais pesquisadas registraram desaceleração em suas taxas de variação. “Não que não tenha subido, mas subiu bem menos que vinha subindo. Essas capitais foram São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte”, explica.

Veja as variações percentuais ao mês até o dia 15 de maio:

  • Rio de Janeiro: 0,40
  • Belo Horizonte: 0,53
  • Recife: 0,32
  • São Paulo: 0,52
  • Salvador: 0,47
  • Brasília: 0,23
  • Porto Alegre: 0,47 

O economista aponta que houve decréscimo nos preços, em relação ao período anterior, nos grupos de Educação e Transporte. Ele ressalta que houve uma queda no preço dos combustíveis (gasolina e etanol), no preço das roupas femininas e das frutas. 

Além disso, ele explica que ao contrário do que aconteceu no período anterior, os medicamentos também apresentaram desaceleração nos preços.

Expectativas

O economista Cesar Bergo aponta que as chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul devem afetar o IPC-S nos próximos meses.

“O estado é um bom fornecedor de alimentos, com a safra de arroz, de milho e também a produção de trigo. Lá tem muita dificuldade de escoamento e isso deve ter um impacto o preço desses produtos nas capitais, mesmo que o governo tenha importando uma quantidade de arroz. A gente estima que esse impacto pode ser algo próximo de 0,1%,até 0,2%”, informa. 

Ele também explica que a defasagem de preço de combustíveis pode continuar pressionando o IPC-S. Por isso, ele afirma que para os próximos meses, o acumulado dos preços deve cair.

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