LOC: Postos de combustíveis passaram a ser fiscalizados nesta semana. Procons de todo o país vão verificar se os estabelecimentos estão cumprindo um decreto sobre transparência dos novos preços praticados, desde a alteração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS.
Uma Lei Complementar sancionada recentemente limita a cobrança de ICMS de combustíveis e outros itens. Para mostrar o impacto da medida nos bolsos dos consumidores, o governo federal também decretou que postos de combustíveis informem ao consumidor a diferença entre os preços cobrados em 22 de junho de 2022 e os atuais.
Para o advogado Júlio Leão, especialista em Direito do Consumidor, a medida favorece a transparência, que é um direito da população.
“Essa iniciativa também está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, principalmente naquele rol de princípios e garantias elencadas no artigo sexto do código, que diz que o consumidor tem que ter acesso ao máximo de informações, tem que ter acesso a transparência, tem que ter acesso as respostas se as políticas de preço do país estão de acordo, tem que ter acesso inclusive às informações sobre tributação daquele produto.
LOC: Desde segunda-feira, funcionários dos Procons dos estados estão fiscalizando o cumprimento dessa medida. Na terça-feira, 12 de julho, uma ação ainda visitou 250 distribuidoras em todo o país para verificações.
A advogada Laísla Mendes avalia que a medida torna mais fácil identificar se o posto de gasolina de fato está aplicando a diminuição legal aprovada no Congresso e sancionada pelo governo federal.
“A verdade é que a população tem sido muito penalizada com o alto preço dos combustíveis e, por isso, o governo federal reduziu o teto da alíquota do ICMS em relação ao produto. Por óbvio, o preço final na bomba deve cair também. E para assegurar que o benefício de fato chegue ao consumidor é que veio o decreto federal”
LOC: Os postos de combustíveis que não cumprirem o decreto violam o artigo 6º, Inciso III, do Código de Defesa do Consumidor, e podem pagar multa de até R$ 13 milhões. O Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda prepara um canal para que o cidadão possa denunciar os postos de gasolina que não cumprirem o decreto.
Reportagem, Alan Rios