Foto: Reprodução Paulo Pinto/Agência Brasil
Foto: Reprodução Paulo Pinto/Agência Brasil

População do Brasil chega a 213,4 milhões em 2025 e muda repasses aos municípios

Estimativas do IBGE mostram crescimento de 0,39% em um ano; cidades médias concentram maiores taxas de expansão


O Brasil ultrapassou a marca de 213,4 milhões de habitantes em 2025, segundo as Estimativas da População divulgadas esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa crescimento de 0,39% em relação ao ano passado e leva em conta o novo total de 5.571 municípios, após a criação de Boa Esperança do Norte (MT), que já nasce com 5.877 moradores.

As 27 capitais brasileiras concentram 49,3 milhões de pessoas, o equivalente a quase um quarto da população total. No entanto, o crescimento das grandes cidades ficou baixo: apenas Manaus (AM) superou 1%, com 1,05%. O destaque ficou por conta de Boa Vista (RR), que registrou alta de 3,26%, impulsionada pela migração internacional, especialmente de venezuelanos.

Entre as capitais que mais cresceram estão Florianópolis (1,93%), Palmas (1,51%) e Cuiabá (1,31%). Já Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Porto Alegre (RS) e Natal (RN) perderam população no último ano.

O que muda no repasse de recursos

Os dados do IBGE não servem apenas para atualizar o mapa populacional: eles também impactam diretamente o orçamento das cidades. Segundo Cesar Lima, assessor de orçamento, as transferências constitucionais dependem da nova contagem.

Com a publicação oficial dessa nova contagem do instituto, “os órgãos responsáveis pelas transferências constitucionais e legais aos estados e municípios vão poder atualizar as suas tabelas”, explica Lima.

“No final do ano — sempre no fim de novembro e início de dezembro —, saem os novos indicadores de quanto cada município e cada estado vai receber de parcelas do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] e do FPE [Fundo de Participação dos Estados]. E tudo isso tem como componente a população de cada ente”, conclui.

Educação e saúde também são impactadas

O aumento populacional não mexe apenas com os recursos do FPM. De acordo com Cesar Lima, saúde e educação também terão os repasses ajustados.

“No caso da saúde, também teremos atualizações dos valores repassados pelo SUS de acordo com a população de cada ente. Se temos novos habitantes, temos mais crianças, mais matrículas, e isso, nas escolas tanto da educação infantil quanto do ensino fundamental e médio, representa um valor maior do Fundeb a ser recebido."

População por região

As estimativas de 2025 revelam que o Sudeste segue como região brasileira mais populosa. Já o Centro-Oeste aparece com a maior proporção de municípios que cresceram acima de 1%. Por outro lado, Sul e Nordeste concentram a maior parcela de municípios em queda populacional.

Números por estado, segundo o IBGE

Receba nossos conteúdos em primeira mão.

LOC.: O Brasil chegou a 213,4 milhões de habitantes em 2025, de acordo com o IBGE. O aumento foi de 0,39% em relação ao ano passado e já inclui o novo município de Boa Esperança do Norte, em Mato Grosso, que nasce com quase 6 mil moradores.

​​​​​​As capitais concentram mais de 49 milhões de pessoas. Entre as que mais cresceram estão Boa Vista, com alta de 3,2% puxada pela migração de venezuelanos, e Manaus, que subiu um pouco mais de 1%. 

Florianópolis, Palmas e Cuiabá também registraram crescimento populacional. Já Salvador, Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre e Natal perderam habitantes.

Esses números não servem apenas para atualizar o mapa do país. Eles influenciam diretamente o orçamento das cidades. 

Isso porque os repasses de fundos constitucionais levam em conta a população, como explica o assessor de orçamento César Lima.

TEC/SONORA: Cesar Lima – assessor de orçamento

“No caso do FPM, por exemplo, no final do ano — sempre no fim de novembro e início de dezembro — saem os novos indicadores de quanto cada município e cada estado vai receber de parcelas do FPM e do FPE, que é o Fundo de Participação dos Estados. E tudo isso tem como componente a população de cada ente.”


LOC.: Além do FPM e do FPE, o aumento populacional também impacta os repasses destinados à saúde e à educação.
 

TEC/SONORA: Cesar Lima – assessor de orçamento

“Além do que, claro, se temos novos habitantes, temos mais crianças, mais matrículas, e isso, nas escolas tanto da educação infantil quanto do ensino fundamental e médio, representa um valor maior do Fundeb a ser recebido por cada ente, além de outras parcelas como transporte escolar e merenda. Tudo isso é impactado pelo aumento da população.”


LOC.: As estimativas de 2025 revelam ainda que o Sudeste segue como região brasileira mais populosa. Já o Centro-Oeste aparece com a maior proporção de municípios que cresceram acima de 1%. Por outro lado, Sul e Nordeste concentram a maior parcela de municípios em queda populacional.

Reportagem, Livia Braz