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Você conhece alguém que de repente ficou com um lado do rosto paralisado sem conseguir mexer direito? Sabe o que fazer e por quê isso acontece? Neste episódio a otorrinolaringologista Mariana Hausen Pinna dará detalhes sobre a paralisia facial.
A paralisia facial periférica acontece por lesão direta ou inflamação do nervo facial responsável pela movimentação dos músculos da face.
É no cérebro que pensamos e a partir dele que vem o comando, como por exemplo, sorrir. Esse comando é levado pelos nervos até o músculo que está relacionado a esse movimento , o nervo aciona o músculo e assim conseguimos realizar o movimento desejado. Se por alguma razão, o nervo não leva esse comando ao músculo, ele não vai funcionar, e é isso que acontece no caso da paralisia facial.
O nervo facial e seus ramos ligam e comandam todos os músculos relacionados à expressão da face. Existe um nervo facial de cada lado do nosso rosto e ele possui vários ramos, como se fossem galhos de uma árvore, que comandam os músculos da expressão de todo o rosto. Ele é responsável também pela pálpebra, controlando o movimento de fechar os olhos quando piscamos.
Na paralisia facial periférica, o nervo deixa de realizar esses comandos e a partir daí aparecem os seguintes sintomas:
Tudo isso ocorre de maneira súbita, de uma hora para a outra esses sintomas aparecem.
Uma outra informação importante a ser avaliada, é se a paralisia acontece na parte de cima do rosto, ou seja, se a pessoa não consegue mexer a testa. Isso é importante para diferenciar a paralisia central (que na maioria das vezes não afeta a parte de cima do rosto), da paralisia periférica que atinge toda a metade do rosto.
Se isso estiver acontecendo com você, busque ajuda em um pronto-socorro para avaliação da situação.
As causas da paralisia facial são:
Em todas as causas de paralisia facial é importante começar o tratamento o quanto antes, para diminuir as chances de sequelas. Vale saber que, em muitos casos, a recuperação é completa, mas em outros pode haver melhora com alguma assimetria da face mantido após a recuperação.
Um dos pontos mais importantes é diferenciar a paralisia periférica facial de um AVC, popularmente conhecido por derrame. No AVC a pessoa também pode ficar com a boca mais torta para um dos lados, e com isso, confundir o diagnóstico. Outras características que são comuns no AVC que podem ajudar a diferenciar é que a dificuldade na movimentação não fica restrita ao rosto, como na paralisia facial periférica. Quando ocorre o derrame, é comum que a pessoa não consiga mexer braço e perna de um dos lados, pode ter dificuldade para falar, confusão mental, dentre outros. E isso não ocorre na paralisia facial.
O diagnóstico é clínico, baseado na história e exame físico detalhados. Em alguns casos pode ser indicado a audiometria (exame mais utilizado para avaliação básica da audição), eletroneuromiografia (exame neurofisiológico utilizado no diagnóstico de lesões no sistema nervoso periférico) e a ressonância magnética.
Na grande maioria dos casos, no tratamento é utilizado corticoide via oral e antivirais. A fisioterapia motora sem o uso de choques também ajuda na melhora. Em outros casos como tumores e traumas direto ao nervo, o tratamento precisa ser cirúrgico. É sempre muito importante a lubrificação do olho do lado atingido, para evitar lesões de córnea.
Se você ou algum conhecido, apresentar sintomas de paralisia facial periférica, não deixe de procurar o médico, de preferência um otorrinolaringologista.
Para saber mais detalhes sobre o assunto, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda no Youtube.
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