Data de publicação: 11 de Março de 2020, 10:36h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
A população dos municípios pequenos do sul pernambucano precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha.
Na microrregião de Quipapá, onde estão os municípios de Palmares, Escada, Amaraji e outras 17 cidades pernambucanas, a infecção por sífilis entre a população teve aumento de 433%, em apenas um ano, de 2017 a 2018. Nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 51 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.
As autoridades em Saúde alertam que a negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das ISTs principalmente entre os jovens.
A pouca informação ainda é um problema para a prevenção e tratamento das ISTs, como explica a coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa. A gestora ressalta que a camisinha é melhor forma de prevenção.
“A importância de você ter conhecimento do que são essas infecções e usar a camisinha é para evitar qualquer uma delas. Mas, uma vez que tem alguma IST, você deve procurar o serviço de saúde para receber o atendimento de orientação e aconselhamento. Isso é importante porque você corta a cadeia de transmissão.”

Pernambuco registrou, ao todo, mais de 3 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado e, nos últimos nove anos, foram quase 20 mil casos registrados.
Além disso, o estado teve 804 casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 30 mil pernambucanos, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram 2.145 pessoas no estado, de 2000 a 2017. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde.
A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante ano também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Se colocamos o jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist.