Ministério da Saúde
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Municípios da microrregião de Itajubá (MG) registram aumento de 15% nos casos de sífilis

A população dos municípios pequenos do sul e sudoeste de Minas Gerais precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis

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A população dos municípios pequenos do sul e sudoeste de Minas Gerais precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha. 

Na microrregião de Itajubá, onde estão os municípios de Piranguçu, Wenceslau Braz, Consolação, Virgínia e outras nove cidades mineiras, as infecções por sífilis entre a população tiveram aumento de 15%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.  Apenas nos seis primeiros meses de 2019, a sífilis infectou 76 pessoas na região. Os dados são do DataSUS.

Arte: Ítalo Novais/Sabrine Cruz

As autoridades em Saúde alertam que a negligência no uso de camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das ISTs principalmente entre os jovens.A coordenadora de IST/Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Mayara Almeida, explica que o número de infecções por sífilis cresceu em relação às outras ISTs. 

“Hoje, o maior número de casos que a gente tem das ISTs é de sífilis. O meio de transmissão é o mesmo, basicamente através de relações sexuais. A camisinha continua sendo o método mais efetivo. É um método barato e disponível no SUS.” 

Minas Gerais registrou mais de 7 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos últimos 10 anos, foram quase 54 mil casos registrados. 

Além disso, o estado teve mil casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 55 mil mineiros, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram quase 4 mil pessoas, de 2000 a 2017, no estado. Os dados são dos últimos Boletins Epidemiológicos  divulgados pelo Ministério da Saúde.

A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.

“Não podemos relaxar no uso da camisinha. São importantes para diminuir o número de infecções sexualmente transmissíveis. Então, a gente precisa trabalhar com os jovens, no sentido de alertar que a camisinha é importante e o uso dela livra das ISTs.”

Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.

Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.

Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.

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