Data de publicação: 30 de Março de 2020, 11:31h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:31h
Mesmo em meio à pandemia de coronavírus no Brasil, outra antiga doença já conhecida da população não pode ser deixada de lado: a dengue. De acordo com os dados mais recentes da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a microrregião de Tupã soma mais de 770 casos confirmados até o momento – ao todo foram mais de 1,6 mil notificações.
Município mais populoso da microrregião, com mais de 60 mil habitantes, Tupã tem 187 casos confirmados – destes, apenas um é a chamada “ocorrência importada”, quando o vírus é contraído fora da cidade em que foi notificado.
Para evitar a proliferação da doença, até março deste ano a Prefeitura aumentou em mais de 55% as visitas aos imóveis de toda a cidade. Em 2020, o setor de Combate às Endemias já fiscalizou quase 26 mil residências. No mesmo período de 2019, as equipes visitaram 16,7 mil casas.
De acordo com o superintendente de Controle de Endemias do Estado de São Paulo, Marcos Boulos, desde o ano passado há ações integradas entre estado e municípios para evitar o aumento dos casos de dengue.
“Desde junho, julho, nós temos o Comitê de ARBOVIROSES com a gente e os secretários municipais de Saúde. Nós formamos uma comissão de acompanhamento do trabalho para fazer protocolos de atendimento e organizar também a questão do inseticida e do uso adequado nas regiões para evitar o aumento do mosquito.”
O município de Bastos é o que apresenta maior incidência de casos de dengue na microrregião. De 619 notificações até o momento, 271 foram confirmadas.
Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o estado de São Paulo registrou 19 mortes em decorrência da dengue em 2020. Outros 105 mil casos são investigados.
O Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, alerta que o período de maior incidência da dengue no país vai coincidir, muito provavelmente, com o pico de contaminação do COVID-19 e, por isso, é fundamental que a população aproveite a quarentena para, também, se proteger do mosquito transmissor.
“Nós teremos, pelo menos, três epidemias simultâneas: coronavírus, que é uma novidade; teremos Influenza, que é uma rotina, todo ano acontece, e teremos, também, o pico de dengue. Então, é fundamental, e eu tenho chamado atenção, aproveitem que estão em casa e limpem o quintal, eliminem os focos de dengue”.

O Ministério da Saúde alerta que a população precisa combater o mosquito transmissor da dengue de forma permanente. A recomendação é ficar atento à limpeza de possíveis criadouros do Aedes aegypti. Faça sua parte. Saiba mais em saúde.gov.br/combateaedes.