LOC.: Entregadores de aplicativos voltam a falar em paralisação para reivindicar melhores condições de trabalho. O movimento da categoria é o primeiro sob o governo de Lula (PT). Organizada pela Aliança dos Entregadores de Aplicativo (AEA), a manifestação está prevista para acontecer no dia 25 de janeiro, pelo menos em Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. A paralisação deve ocorrer nos principais centros comerciais e nas sedes dos escritórios dos aplicativos de entrega.
Um dos membros da Aliança e vice-presidente da Associação dos Trabalhadores por Aplicativo e Motociclistas do Distrito Federal e entorno (ATAMDF), Abel Santos, explica que a principal reivindicação é o reconhecimento do vínculo trabalhista dos motoboys.
TEC./SONORA.: Vice-presidente da Associação dos Trabalhadores por Aplicativo e Motociclistas do Distrito Federal e entorno (ATAMDF), Abel Santos
“Nós vemos que é mais que necessário sermos reconhecidos como trabalhadores. Nós não somos autônomos, não somos microempreendedores individuais, não somos donos do nosso próprio negócio. Nós somos trabalhadores. Hoje, trabalhadores sem nenhum direito, sem nenhum amparo, negligenciado tanto pelo estado como pela empresa.”
LOC.: Outros pedidos da Aliança são de participação ativa de todos os projetos que envolvam o ofício, melhores condições de trabalho, criação de um fundo social para proteção dos motoboys, um canal direto e permanente de diálogo com os aplicativos. Para o advogado especialista em direito do trabalho Alan Daniel da Rocha, trata-se de um pedido relevante para a categoria.
TEC./SONORA.: Advogado especialista em direito do trabalho Alan Daniel da Rocha
“A gente trabalha hoje para garantir alguns direitos no futuro da nossa aposentadoria. E o registro da CLT garante uma aposentadoria, garante auxílio acidente, uma pensão para os herdeiros, caso o motoboy sofra um acidente grave. Sem contar as férias, décimo terceiro, o que com registro, eles ganham os direitos.”
LOC.: O advogado destaca, ainda, algumas melhorias fundamentais para os aplicativos, como um “botão do pânico” que aciona a política, para garantir mais segurança para os motoboys e, além disso, garantir equipamentos de proteção, como capacetes e roupas adequadas.
Reportagem, Nathália Guimarães.