
LOC.: O “Julho Turquesa” é a campanha que marca o mês dedicado à prevenção da síndrome dos olhos secos. De acordo com a Associação Brasileira de Portadores de Síndrome do Olho Seco (APOS), estima-se que de 13 a 24% da população brasileira é portadora da doença.
A síndrome dos olhos secos é uma doença crônica que se caracteriza pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns dos componentes, segundo a APOS. Suas causas têm relação com uso contínuo de telas eletrônicas, ar condicionado, medicamentos e clima.
A estudante Rayna Mendes desenvolveu a síndrome do olho seco em 2020, após fazer uso de um medicamento para controle de acnes. Ela explica que desde então sente incômodo e ardência nos olhos e que precisa recorrer à colírios para o alívio dos sintomas.
TEC./SONORA: Rayna Mendes, estudante
“O clima de Brasília já não é propício, no inverno fica muito pior. Outro fator que eu tive também foi ficar exposto às telas, principalmente o celular. Normalmente, eu estou de óculos olhando para tela, mas quando não estou parece que meu olho fica muito mais cansado. E aí eu preciso sair, passar um colírio de novo, deixar o olho fechado por um tempinho. Para ver se a lubrificação volta”.
LOC.: A médica oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos, Núbia Vanessa, explica que durante o uso da tela do computador e celular as pessoas passam horas sem piscar adequadamente.
TEC./SONORA: Dra. Núbia Vanessa, médica oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos
“Isso combinado à própria luminosidade das telas fazem com que você tenha o agravamento da diminuição das lágrimas, e com isso, piorando a síndrome do olho seco. Alguns pacientes que não fazem o tratamento adequado ao longo da vida, depois de um certo período de tempo, podem ter úlceras de córnea relacionadas a não lubrificação, porque a córnea fica exposta. Isso pode evoluir até mesmo para alguns tratamentos cirúrgicos, onde você tem que às vezes fechar a pálpebra para que essa córnea possa ser regenerada adequadamente.”
LOC.: Núbia ainda explica que, no caso de suspeita da síndrome, o ideal é procurar um médico oftalmologista para confirmar. Segundo ela, o tratamento inclui medicamentos tópicos oculares e laser para melhorar a produção das glândulas que produzem as lágrimas. Para saber mais sobre o olho seco acesse apos-olhoseco.com.br.
Reportagem, Nathália Guimarães