Data de publicação: 02 de Abril de 2020, 20:23h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:31h
Ivaiporã teve 1.535 casos notificados de dengue desde agosto do ano passado, o que corresponde a uma infecção de quase 5% da população de 32 mil pessoas. Desses casos, 1.308 foram confirmados. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde.
O município de Ivaiporã tem uma das maiores incidências de dengue no estado, com mais de 3,6 mil casos para 100 mil pessoas. O índice é considerado alto quando são registrados mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes. Ao todo, 162 municípios paranaenses apresentam alta incidência de dengue e outros 34 apresentam índice médio de infecção
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chama atenção da população para o fato de que 80% dos focos do mosquito transmissor da dengue são encontrados dentro das casas. Ele oferece dicas para destruir possíveis criadouros do Aedes aegypti nas residências:
“Não há nenhuma cidade que possa dizer ‘eu não vou ter, estou imune’. E não é só uma coisa coletiva, esse mosquito é domiciliar, é da casa e vive em torno da casa. Então, toda a campanha, tudo o que a gente pode dizer que é muito importante a atitude da pessoa em relação à casa, à moradia, ao vaso de planta, à garrafa com a boca aberta, ao pneu que está largado lá atrás...”
Londrina é o município paranaense que registrou maior número de casos de dengue: foram 19,9 mil notificações - seguido de Foz do Iguaçu e Maringá. O estado de emergência no município é um reflexo do surto da doença, que atinge, principalmente, as regiões Norte e Oeste do estado. O Paraná declarou epidemia de dengue e já confirmou mais de 76 mil casos em 358 municípios.
O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, fala sobre os recursos empregados pela Secretaria no combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, e sobre a participação da população nessa luta.
“Liberamos R$ 5 milhões para os municípios em epidemia e em alerta para ajudar no manejo clínico dos serviços de saúde dos municípios. O governador tinha decretado estado de alerta. Nós continuamos seguindo o dia-a-dia e infelizmente passamos por esse momento. A notícia que nós queremos dar é que a proliferação do mosquito pode ser diminuída se nós conseguirmos diminuir os focos do mosquito Aedes aegypti. Por isso a necessidade de insistir, de falar, de reiterar que precisamos estar todos juntos nessa luta.”
Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2019 foram notificados mais de um milhão e meio de casos prováveis de dengue no Brasil. A taxa de incidência ultrapassou 735 ocorrências a cada 100 mil habitantes.

O Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, alerta que o período de maior incidência da dengue no país vai coincidir, muito provavelmente, com o pico de contaminação do COVID-19 e, por isso, é fundamental que a população aproveite a quarentena para, também, se proteger do mosquito transmissor.
“Nós teremos, pelo menos, três epidemias simultâneas: coronavírus, que é uma novidade; teremos Influenza, que é uma rotina, todo ano acontece, e teremos, também, o pico de dengue. Então, é fundamental, e eu tenho chamado atenção, aproveitem que estão em casa e limpem o quintal, eliminem os focos de dengue”.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.