Foto: José Paulo Lacerda
Foto: José Paulo Lacerda

Estudantes de São Paulo garantem ouro na WorldSkills, maior competição de profissões técnicas do mundo

Leonardo Camargo de Sousa, de Avaré, e Paulo Vitor Tratta, da capital, foram medalhistas nas categorias de Desenho Mecânico em CAD e Manutenção de Serviços Pesados, respectivamente

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Das 13 medalhas conquistadas pelo Brasil na WorldSkills 2019, competição conhecida como o mundial das profissões, seis foram obtidas por estudantes de São Paulo. Leonardo de Souza, 20 anos, e Paulo Vitor Fratta, de 18, subiram no lugar mais alto do pódio. Leonardo Escola e Gabriella Silva, ambos de 22 anos, e Vitor Santos, 19, ficaram com medalhas de prata, enquanto Lucas Giovani Gomes, também de 19 anos, trouxe um bronze para o Brasil.

Créditos: Sabrine Cruz -Agência do Rádio Mais

Formado em Mecânica Automobilística e Manutenção Automotiva pelo SENAI de São Paulo, Fratta levou a melhor na modalidade de Manutenção de Serviços Pesados. “Essa medalha representa muitas pessoas. Não estou neste pódio sozinho e tenho a dizer que o Brasil inteiro ganhou uma medalha de ouro. Essa é uma das maiores conquistas que eu poderia ter. Achava que não ia passar nem da etapa estadual”, revelou o jovem.

Já Leonardo Camargo de Souza, ouro na modalidade de Desenho Mecânico em CAD, conta que o resultado fez valer todo esforço de preparação para a competição. “Emoção é muito grande, trabalhamos muito para isso e é muito gratificante escutar nosso nome lá, saber que conseguimos realizar um grande sonho”, ressaltou.

A conquista das medalhas pelos estudantes brasileiros repercutiu entre parlamentares no Congresso Nacional. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) falou sobre a “revolução" implementada pela Indústria 4.0 e afirmou que a qualificação para o trabalho passa, sobretudo, pela educação profissional.

“Espero que o Brasil foque mais, amplie o número de vagas [para o ensino técnico]. Temos boas experiências do Sistema S, das escolas técnicas, como o Centro de Inovação e Tecnologia (CETEC). O nosso desafio é expandir a rede, ter cursos que se adaptem mais rapidamente às demandas do mercado. O futuro do jovem brasileiro passará pela educação técnica e profissional”, opinou.

Desempenho brasileiro

Além dos medalhistas, outros 10 estudantes de São Paulo receberam certificados de excelência, o reconhecimento é dado aos competidores que tiveram nota acima da pontuação média, o que significa que eles superaram o nível de padrão mundial para as respectivas ocupações.

Arthur Souza de Almeida (Rio Grande da Serra-SP), na categoria Polimecânica; Evan Benicio Sobral Filho, Luiz Fernando Silva Zanini e Avelino Gabriel Carrara Bueno (Bauru-SP), em Manufatura Integrada; Emanuel da Cruz (Bauru-SP), em Construção em Alvenaria; Marcelo Santos (Pederneiras-SP), em Pintura Automotiva; Ítalo Cruz (São Paulo-SP), em Refrigeração e Ar-condicionado; Bianca Klempe Corrêa (Bauru-SP), em Design Gráfico; Lucas Carneiro (Lençóis Paulistas-SP), em Construção de Estruturas Metálicas; e Henrique Sobrinho Menezes (Caieiras-SP), na categoria de Modelagem de Protótipos.

A delegação brasileira tem se estabelecido entre as equipes mais vitoriosas da WorldSkills. Foi a campeã na edição ocorrida em São Paulo, em 2015. Na edição de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em 2017, alcançou o segundo lugar. Em 2019, além das 13 medalhas, a delegação tupiniquim garantiu, ainda, 28 certificados de excelência, em 28 ocupações técnicas profissionais.

Na edição deste ano, 1.354 jovens de 63 países participaram do torneio. O Brasil ficou em terceiro lugar na classificação geral. A China, que sediará a próxima WorldSkills, em 2021, ficou em primeiro lugar. A Rússia, anfitriã do torneio, conquistou a segunda posição.
 
 

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