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LOC.: A falta de mão de obra está mudando o jeito de colher café no Brasil. Mesmo sendo o maior produtor e exportador do mundo, com mais de 2 milhõs e 22o mil hectares plantados e produção acima de 50 milhões de sacas por safra, o país ainda colhe três quartos dessa área de forma manual.
O problema é que trabalhadores disponíveis e qualificados estão cada vez mais escassos.
Para o PROFESSOR RONALDO MAGNO JÚNIOR, da Universidade Federal de Viçosa, de Minas Gerais, a população da zona rural tem procurado cada vez mais se deslocar para as áreas urbanas, em busca de melhores condições de trabalho e conforto.
TEC./SONORA: Ronaldo Magno Júnior, professor da Universidade Federal de Viçosa
"Há uma carência muito grande, principalmente de trabalhadores qualificados para a colheita. Em algumas regiões, produtores chegam a buscar trabalhadores em outros estados, oferecendo alojamento durante a safra."
LOC.: Além da dificuldade, o custo pesa: quase metade do gasto total de produção do café vem da colheita. E a mecanização pode cortar essa conta pela metade, além de acelerar o processo. Uma colhedora pode fazer em uma hora o que um trabalhador experiente levaria vários dias para concluir — e ainda com seletividade, colhendo apenas os grãos maduros.
Esse avanço da mecanização está chegando também aos médios e pequenos produtores, que sofrem ainda mais com os custos e a falta de gente no campo.
Entre as soluções apresentadas está a colhedora de café OXBO 940+, modelo de arrasto projetado para otimizar a colheita nessas propriedades. A diretora de vendas e marketing da divisão de frutas da empresa, Kathryn Vanweerdhuizen, destaca que a máquina foi pensada para unir eficiência e cuidado com a lavoura, oferecendo melhor custo-benefício para quem precisa mecanizar.
Com a mão de obra cada vez mais rara, a mecanização não é mais uma tendência futura — é uma necessidade urgente para manter a competitividade do café brasileiro no mercado mundial.
Reportagem, Nelson Moreira