No Ceará, os números de acidentes de trabalho reduziam ao longo dos últimos anos. Para se ter uma ideia, entre 2015 e 2017, a taxa de ocorrências recuou quase 8%, segundo dados da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.
Confira bloco 2 desta entrevista
Eu sou Marquezan Araújo, da Agência do Rádio Mais. E, para falar esse assunto, hoje eu converso com o engenheiro de Segurança no Trabalho do SESI-CE, Luiz Sérgio Nocrato.
Luiz, é um prazer recebê-lo. Para começar, eu gostaria que você explicasse por que é importante que as empresas, independentemente do porte, invistam na promoção da saúde e da segurança dos seus trabalhadores?
“Para reduzir os acidentes, precisamos reduzir os riscos através de uma gestão eficaz em saúde e segurança no trabalho. Dessa forma, é bem possível uma boa educação e formação de hábitos seguros e de uma cultura de gerenciamento de riscos exercida por toda a organização. A inspeção prévia de segurança é um método preventivo de extrema importância que identifica a possibilidade de eliminação de possíveis acidentes, seja ao patrimônio ou seja a pessoas. A importância da gestão de risco reflete nos benefícios que ele pode trazer para a empresa, tais como preservação de bens e vidas humanas, manutenção do fluxo produtivo, reputação da empresa funcionário motivado, aumento da produção e competitividade, entre outros.”
De que forma as empresas podem atuar no oferecimento de ações para promover saúde e segurança para os funcionários?
“Empresas especialistas em oferecer gestão em saúde e segurança no trabalho, como por exemplo, o SESI, desenvolvem ações para diminuir indicadores no estado, através de palestras, seminários, workshops, planos de ações em gestão de saúde e segurança no trabalho, qualidade na execução, implementação dos programas legais. Tudo isso se deve a uma política de gestão de saúde e segurança no trabalho, implementando em uma boa parte das médias e grandes empresas. Para você ter ideia, houve uma redução na faixa de 12% com relação aos anos anteriores em acidente de trabalho.”
De alguma forma a empresa ou o trabalhador pode agir contra os projetos de saúde e segurança dentro das companhias?
“A não utilização de equipamentos de segurança, exercício da atividade de modo informal, além do desvio comportamental do trabalhador, ou seja, a negligência, estão entre os fatores que mais contribuem para elevar o número de acidentes de trabalho no país. É necessário que todos estejam comprometidos, tanto empregadores como empregados, em todos os níveis, para que a redução de acidentes ocorra.”
A entrevista de hoje é com o engenheiro de Segurança no Trabalho do SESI-CE, Luiz Sérgio Nocrato. Ele está comentando sobre a importância das ações de investimento em saúde e segurança para o trabalhador. Daqui a pouco eu volto com o segundo bloco da nossa entrevista. Até já.
